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A mostrar mensagens de abril, 2012

A batalha europeia: por uma austeridade mais gradual

A batalha europeia, por uma austeridade mais gradual que permita evitar a perda de menos tecido produtivo, trava-se na Espanha . Não tendo a Espanha um resgate não deixa de ter de reduzir o seu défice e cumprir os 3% do PIB de limite do défice. Mas, com já tem uma taxa de desemprego de 24%, o governo não pode arriscar as receitas de austeridade seguidas em outros países europeus e fazer o ajustamento em 2 anos, sob pena de fazer disparar o desemprego e entrar em convulsão social (a recente greve geral foi um sério aviso) . O governo procura assim enfrentar os arautos da austeridade da Comissão para que possa sobreviver e contrapôs um ciclo de ajustamento mais longo e suave ao sugerido pela comissão europeia. Outra batalha na Europa trava-se em França, esta é a batalha pelos Eurobonds , em que Sarkozy defende a linha dura dos financeiros e Hollande aparece como representante de uma arquitectura europeia financeira mais flexível, em que caiba e seja possível a emissão de eurobonds para

O contágio espanhol.

O agravamento da conjuntura em Espanha, poderá agravar a recessão da economia portuguesa, porque é o nosso principal cliente, quer porque os mercados ficarão mais desconfiados. A notícia positiva é o aumento das exportações para os países emergentes. As dificuldades em Espanha poderão também levar à revisão do nosso plano de ajustamento tornando-o mais extenso em termos temporais, se os organismos internacionais concretizarem os cenários onde prevêem o alongamento da prazo de ajustamento. Outro tipo de contágio poderá vir das contestações sociais, que podem ganhar folgo em Portugal seguindo as pisadas dos espanhóis. O governo continua a não assumir reformas estruturais e a não afrontar o capital, quando aparece com pezinhos de lã na revisão dos contratos das PPP, ao contrário do que fez com os trabalhadores, onde não hesitou na revisão de direitos adquiridos.