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A mostrar mensagens de maio, 2010

Estabilidade versus crescimento.

A actual crise está a colocar o problema da estabilidade como problema fundamental da economia portuguesa , porque coloca o acento tónico nas medidas tomadas no combate ao défice do Estado e indirectamente no problema da dívida pública, porque a redução do défice vai travar o endividamento externo. Por sua vez, o programa das privatizações vai actuar directamente sobre a dívida externa do Estado reduzindo-a. Fica de fora deste apagar do fogo, provocado pelo ataque especulativo ao euro e também pela falta de estratégia de vários governos que investiram muito mas com baixa rentabilidade desses investimentos, as preocupações com o crescimento, que deviam ser o principal objectivo económico , depois de termos tido um fraco desempenho na primeira década do século XXI que agora termina. Além disso, o aumento do IVA é uma medida que penaliza o consumo e o investimento, mas não as exportações , porque o IVA para as mercadorias e serviços exportados é dedutível, pelo que não tem qualquer efeit

Para quando as medidas estruturais?

As medidas de contenção do défice continuam a incidir sobre o lado das receitas , havendo medidas tímidas do lado das despesas, sendo estas medidas que vão penalizar mais os municípios do que o governo central. Tudo isto é diferente dos « nuestros hermanos » que atacaram em força as despesa s... Está na hora de se construir políticas estruturais , quer de redução do défice, o que significa atacar a despesa e os seus excessos . Há várias metodologias, desde o orçamento zero, isto é em vez de pedirmos 1005, porque o ano passado gastámos 1000, temos de justificar tudo, organismo a organismo estatal, além de se dever questionar a razão de ser dos próprios organismos existentes, sabendo que muitas vezes há duplicação de funções. Quer do caminho a seguir em termos estratégicos. Ora em termos estratégicos está provado que a aposta nas obras públicas de transportes é um modelo que provou ter uma rendibilidade baixa e que não tem alavancado o crescimento económico , como os resultados de fr

O Sócrates cedeu...

Cedeu nas obras públicas com o congelamento da 3ª ponte e do novo aeroporto, o que justifica pela dificuldade em haver financiamentos externos, como o Presidente do BES veio anunciar. Devo salientar que as pressões externas, dizem do Sarkozy, também ajudaram. Esta cedência é mais reactiva que alteração da maneira de pensar, ou seja, o Sócrates continua a ser teimoso e pouco capaz de ler a conjuntura económica e portanto sem capacidade de liderar . Por outro lado vai introduzir cortes no défice mais ambiciosos , mais 1% este ano e mais 1,5% para o ano, mas além de não se concentrar nas despesas fala-se já em aumentar o IVA e num imposto especial sobre os salários (talvez uma redução do subsídio de Natal em 20%). Aqui põe-se um problema de coerência com as promessas eleitorais, a aposta nas mesmas soluções do mandato anterior, e a falta de coragem para cortar as gorduras. Para mim o mais grave destas opções é o adiar da redução da despesa superflua do Estado, depois é fazer os trabalha