A batalha europeia e o ajustamento português
A hipótese de vermos o programa de ajustamento alterado passa pelo debate na Europa que tem como protogonistas principais a Merkel e o Hollande. Não tenhamos dúvidas só se a Europa mudar de política é que podemos esperar um novo processo de ajustamento que leve em conta a necessidade de haver crescimento económico. Vejamos então qual é a diferença de propostas entre as duas teses em confronto. Hollande propõe os eurobonds , ou seja a mutualização de uma parte da dívida dos países, o que significa o acesso a crédito a juros mais baixos. Se parte da dívida portuguesa fosse mutualizada, entre 20 a 30 % - sempre abixo dos 60%, regra da Europa -, em vez de juros altos acima de 4%, teriamos juros entre 1 e 2 % para parte da dívida (previsão minha). Isto aliviaria os juros portugueses em cerca de 1 a 3 % em % do PIB (lembremos que 1% do PIB corresponde ao corte de um salário aos funcionários públicos). Merkel não aceita esta solução, vai pelo reforço dos poderes da UE, com o veto da comi