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A mostrar mensagens de janeiro, 2014

A discussão sobre o cautelar

A grande discussão que se trava na economia é se existirá programa cautelar ou não. Esta questão pode ser vista de 3 pontos de vista: a) do país, que quererá garantir um fim de intervenção tranquilo e ter um plano de apoio (explícito ou não) se precisar, ao mesmo tempo que tenta garantir os financiamentos necessários pelo menos até 2015, o que explica as emissões de dívida entretanto feitas, que é uma forma de garantir uma saída à irlandesa se for possível; b) dos financiadores da UE que não querem avançar com mais apoios aos países do Sul, pois tal implica votações parlamentares - caso da Alemanhã, salvo se for estritamento necessário. c) de países, como a França, que receiam futuras turbolências na zona euro, que os podem atingir, e preferem situações acauteladas através de programas. Qual delas vai vingar vai depender da reação dos mercados à situação portuguesa daqui a 3 meses e do poder político destas correntes, sabendo que a Alemanha tem um grande poder e a França está a fi

Ciclo eleitoral/económico favorável ao governo?

O ano de 2014 pode ser um ano com boas notícias para o governo ao nível do contexto internacional : * com a retoma na europa, que já foram equacionados no post anterior; * com a evolução favorável dos juros, que já estão abaixo dos 5%, o que pode abrir caminho a uma saída à irlandesa; * com boas expetativas futuras se o acordo com os EUA/UE se concretizar; Este contexto já faz o Passos Coelho levantar a garimpa, com a proposta de tese sobre as presidênciais em que previlegia um presidente pouco ativo, com a própria intervenção no processo de referendo de coadoção, que serviu mais para marcar uma posição interna de força, apesar da trapalhada e pouca ética formal do processo. Portanto, o nosso 1º ministro já se comporta como vencedor da crise e em condições de poder disputar as próximas eleições. Mas, podem ser foguetes antes do tempo, pois este final de janeiro fez sentir uma discrepãncia entre o discurso do governo com foguetes sobre o vencer da crise e o bolso dos portugueses q

A retoma da economia europeia e a economia portuguesa

Com a crise económica interna e o fim da proteção política do setor não concorrencial da economia, as exportações passaram a ser a alavanca de qualquer retoma da economia , tanto mais que o investimento está em queda e o mercado interno continua a restringir-se, setindo os efeitos da austeridade que continua. Quando a europa estava em crise foram as exportações para fora da europa que apresentaram um bom dinamismo e crescimento. Foi, portanto, o setor privado da economia que respondeu com empreendedorismo e dinamismo ás dificuldades e restinções impostas ao setor Estado, ao criar espaço para mais exportações nas zonas geográficas ainda em crescimento, fora da europa. Agora a este esforço das empresas junta-se uma situação favorável, o crescimento da europa , ainda que ténue para 2014 , sendo natural o reforço das exportações em 2014. Este é de fato um sinal positivo na economia, tanto mais importante quanto o peso elevado das exportações para a zona euro.  Mas não devemos esquecer