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A mostrar mensagens de novembro, 2013

Hoje vota-se o OGE 2014

Hoje vota-se o OGE para 2014 e do seu debate realço: * uma tentativa de os partidos do governo se demarcarem da carga negativa da proposta inicial, aumentando o nível dos salários onde começam os cortes, propostas de tributação de setores menos concorrenciais, proposta de tributação das PPP, etc. O rescaldo desta tentativa foi a subida dos salários a começar os cortes, mas não houve qualquer cedência nas questões de tributação do capital, ou seja os trabalhadores continuam a pagar a austeridade e o capital é poupado e vai pagar menos IRC. * o PS apresentou uma série de propostas para testar a vontade do governo em fazer acordos e o governo continuou sem ceder. A  intenção de se promoverem acordos (com o PS) não passa de retória, isto é, só faz parte do arsenal do combate político, sem efeitos práticos. De realçar a questão da descida do IVA da restauração, uma das propostas da oposição, que foi rejeitada e que eu acho que faria todo o sentido se a prioridade fosse o emprego dos port

As últimas sobre o orçamento

Os grupos parlamentares da maioria lá fizeram o seu papel de político bom ao apresentar alterações ao OGE2014 favoráveis aos mais carênciados, como a subida do limite mínimo para haver reduções salariais, que ficou em 675€ porque o governo, no seu papel de políticos maus e austeros , não aceitou que o limite fosse mais elevado, argumentado que a proposta para que tal acontecesse, taxar as PPP e certos setores oligopolistas, como as telecomunicações, distribuição, energia e outros, iria pôr em causa os contratos com as PPP e rendas de grupos económicos oligopolistas, o que não era aceitável. Voltamos ao mesmo os contratos com os funcionários públicos são postos em causa com reduções salariais, mas com grupos económicos os contratos são para respeitar. Será que este jogo do político bom e mau dá votos? Pelo menos têm essa esperança.

A hipótese de segundo resgate

Será possível que a meia dúzia de meses do fim do 1º resgate não se pense no pós-troica? A resposta é claramente negativa. Há concerteza conversações sobre o assunto, quer internas, quer comunitárias, uma vez que o FMI não vai estar na próxima solução, uma vez que já há equilíbrio da BC. Basta ver a sintonia de posições entre Barroso e Coelho na recente reunião em Bruxelas, e questionarmo-nos do porquê dessa reunião com vários ministros portugueses. Um dos pontos a equacionar no pós-resgate é sem dúvida o nível das taxas de juro e aqui entra as declarações do MNE, ao definir como nível aceitável dos juros a suportar os 4,5%. Não fiz contas, mas sem dúvida um nível dos juros superior a 4,5% pode ser insuportável. Ora estas declarações do MNE provam que já se equaciona o pós-resgate e quais as condições a verificarem-se para que não haja 2º resgate e redução da dívida. O que falta a este governo é transparência no que faz e não uma postura de secretismo , que ajudaria o povo a compre

A mensagem do ceo da OIT

Ontem esteve em Portugal o representante máximo da OIT que deixou algumas mensagens interessantes, a saber: * Cabe aos portugueses escolher o seu caminho , ou seja, ir mais longe do que a tróica foi uma opção dos portugueses (do governo); * O programa de austeridade é injusto porque pede sacrifícios e não deu qualquer esperança até agora e porque são sempre os mesmos a pagar a crise , ou seja é socialmente desequilibrado ; * As instituições internacionais falharam na dose aplicada, que foi excessiva como reconhece o FMI ; * Depois de uma dose excessiva o médico deve reduzir a dose, isto é a europa tem de dar mais tempo para o ajustamento se verificar e ser mais solidária em termos dos sacrifícios pedidos; * A união bancária seria mais eficiente na criação de empregos do que políticas ativas de emprego , pois o problema parece estar no estrangulamento do crédito à economia e nos juros cobrados, inferiores aos dos países do centro.