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A mostrar mensagens de dezembro, 2015

Agora o caso do Banif: será desta que afastamos o CC?

Voltamos aos problemas com a banca, agora coube a vez ao Banif. Aqui houve sem dúvida um adiar da resolução do problema por parte do anterior governo, que agora procura sacudir a água do capote. O governo anterior procurou a todo o custo cumprir os 3%, mas adiando os problemas e protegendo-se de casos durante a campanha eleitoral , pagando todos nós este tacitismo político. Por parte do supervisor uma total incompetência na sua função , deixando agravar-se os problemas. A solução encontrada protege os depositantes, mas devia penalizar o capital, o que não sei se acontece. Outra coisa que não se percebe é porque tendo o Estado a maioria, continuou uma gestão da família de acionistas privados? Vejamos se da comissão de inquérito (que é consensual) saem culpados, com o governador do BdP a ser afastado, pois já chega de casos relacionados com este técnico que se tem mostrado incompetente.

A necessidade de garantir um défice abaixo dos 3% com uma expansão da procura interna

O desafio deste novo governo é manter um défice abaixo dos 3% com uma política expansionista do lado da procura, que beneficie os mais baixos rendimentos, para que o défice com o exterior não se agrave. Vejamos a questão do défice , como keynesiano sou favorável à utilização défice orçamental como alavanca para o crescimento económico, mas reconheço que a nossa elevada dívida e o problema do equilíbrio externo apontam para que neste momento seja prioritário cumprir-se esta meta e criarem-se condições para que se possa usar no futuro a política orçamental como alavanca do crescimento, o que significa ir-se reduzindo o défice para no futuro e quando necessário haver possibilidade de se usar a política orçamental, com estímulos de 1 a 2% do PIB. Mas se neste momento não podemos fazer muito do lado da despesa, será que nada se pode fazer para estimular a economia? A resposta é usar uma política redistribuitiva que favoreça os mais pobres , para estes aumentarem o consumo, principalmente

A propósito do novo governo

Sou apoiante do novo governo, quer porque votei num dos partidos, ainda que não o que governa, quer porque concordo com a mudança de política. Desde logo o novo papel concedido ao trabalho , como um elemento central na competitividade económica , o que não é compatível com baixos salários e precariedade no emprego. O anúncio de maior fiscalização das condições de trabalho agrada-me. A passagem de uma economia baseada em mão de obra barata e precária para uma economia baseada em conhecimento e recursos humanos qualificados é essencial para aumentar a nossa competitividade. Outro aspeto que gostaria de realçar é a questão do respeito pelos direitos e primado da lei . Ora no governo de direita só os direitos do capital eram salvaguardados . No novo governo os direitos do trabalho também passam a ser intocáveis. Explicando melhor, o anterior governo mandou às ortigas os direitos das pensões, condicionou a contratação coletiva, não respeitou os direitos salariais em vigor, cortando pensõ