Será que a execução orçamental do 1º trimestre trouxe boas notícias?
Lembrando que o governo pretende a quadratura do círculo, estar bem com Bruxelas/mercados e repor rendimentos e direitos dos trabalhadores, as notícias da execução orçamental com um défice menor do que no ano passado no primeiro trimestre são boas para Bruxelas e para os mercados, mas podem ser preocupantes para os trabalhadores. Passo a explicar, com a aceleração do crescimento há mais impostos, que superaram o aumento das despesas , mesmo com as de capital a crescerem cerca de 16%, daí haver menos défice. Como já vimos este governo prefere fazer projeções macroeconómicas conservadoras, isto é, aposta em cenários pouco otimistas à espera que a realidade seja melhor que as previsões. Isto é bom do ponto de vista das expetativas favoráveis ao governo e cria confiança nos mercados. Mas do ponto de vista das classes martirizadas pelo programa da tróica há menos espaço para acelerar a reposição de rendimentos, porque se partirmos de um défice de 1,5% em 2017, para 2018 Bruxelas aceitará u