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A mostrar mensagens de abril, 2014

O calendário eleitoral e medidas aparentes para agradar aos portugueses

Com as eleições à porta começam a surgir medidas para agradar aos portugueses , mas estas medidas são meros anúncios antes das europeias, logo promessas , mas nada de concreto. Vejamos: a) há a promessa de subida do salário mínimo nacional em 15 euros, se as empresas não aguentam estes aumentos não estão a fazer nada no mercado, pois nem sequer darão para cubrir a inflação; há a promessa de haver aumentos salariais e promoções a partir de 2015; há a promessa de reorganização de serviços - recuso-me a apelidar medidas avulsas de reforma do estado; etc. Como alguém já disse promete-se antes das europeias para ver se se conseguem alguns votos, depois aplica-se antes das legislativas , para ver se se matem o poder.

A continuação da desregulação do mercado do trabalho

Do relatório do FMI sobre a 11ª avaliação ao programa de ajuda a Portugal destaca-se a insistência na baixa de salários e na desregulação do mercado do trabalho pelo facilitar dos despedimentos .  Se é claro que o défice do estado precisa de ser controlado e a dívida pública precisa de se tornar sustentável e sem riscos, discordo da desregulação do mercado do trabalho e da aposta num modelo de salários baixos. Já era consensual na sociedade portuguesa a necessidade de se apostar num modelo de maior exigência tecnológica, o que implica uma subida gradual do nível salarial (que fosse acompanhando o aumento da produtividade à medida que se introduzisse empresas de tecnologia mais evoluída). O FMI aparece a puxar a economia portuguesa para o modelo de baixos salários, o que vai colocar Portugal a competir com países emergentes, quando deviamos competir com os nossos parceiros da zona da OCDE. Devemos, pois, resistir a esta pretensão e manter a aposta numa subida gradual e sustentada dos s