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A mostrar mensagens de dezembro, 2014

Notas sobre a privatização da TAP

Acho que a privatização da TAP, sem haver uma posição de controlo do governo é um erro, pela importância que esta empresa tem para o facilitar da ligação de Portugal ao mundo na era da gloabalização, particularmente pelas ligações que permite à lusofonia. Concordo com a luta dos trabalhadores da TAP e com a posição assumida por Mário Soares, em defesa da TAP pública, contra a privatização proposta de 66% da empresa. Também é verdade que se tem de arranjar maneira de se capitalizar a TAP para a empresa poder ter condições de se consolidar , mas dizer que é inaceitável a redução de rotas se se propusesse à comissão europeia que esta capitalização seja pública, sem se saber quais as medidas propostas, parece-me uma desculpa e uma fuga à questão. Ou seja, devia-se iniciar as negociações e quanto se soubesse quaais as propostas da comissão, então sim avaliar-se-iam. parece-me que aqui impera uma visaõ ideológica que advoga a privatização a todo o custo. Por fim como último recurso, poder

A propósito do IRS

Foi finalmente aprovada a nova «reforma» do IRS, pela maioria, com abstenção do PCP e BE e votos contra do PS. Para além da grande confusão com avanços e recuos do governo, com a clausula de salvaguarda, o grande debate envolveu o quociente familiar. Desta reforma surge um ligeiro desagravamento dos impostos , para ter algum impacto eleitoral favorável à maioria. Outro aspeto positivo é começar a haver preocupações fiscais que favoreçam a natalidade. Mas, estas preocupações foram introduzidas através de um mecanismo que favorece a classe média e rica e não os pobres , porque os pobres não pagam IRS, logo não têm benefícios e os benefícios dados são proporcionais ao redimento, em vez de ser um valor fixo, como queria o PS e com razão, pois pode haver um benefício de 600 para quem ganha bem e de 300 para quem está no escalão mais baixo, pelo mesmo filho. Concluindo, esta reforma do IRS começa a preocupar-se com o problema da natalidade, mas fê-lo de forma injusta.

A Comissão Europeia e o plano de investimento de 300 biliões de euros

No meio da atual crise económica, com a Europa com crescimento anémico e risco de delação , além de uma injeção de dinheiro, por parte do BCE, surge agora a Comissão com um plano de crescimento que aborda a crise numa perspetiva mais correta, a necessidade de mais investimento , pelo que propõe um investimento de cerca de 300 biliões de euros. Esta alteração de política parece-me correta, depois de um tempo para haver correções dos desequilíbrios, importa começar a ter-se uma atitude pró-ativa, depois da fase reativa. Esta é uma perspetiva Keynesiana em que se reconhece a necessidade dos poderes públicos terem uma ação de estímulo da economia, com mais investimento, em períodos de recessão económica - daí Keynes ser chamado o economista das crises . Esta atitude, contudo, não devia ser só da Comissão, neste caso da nova comissão, mas também dos países sem desequilíbrios e com margem de manobra, em termos de rácios, para terem uma política expansionista, que arrastaria os outros paíse