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A mostrar mensagens de maio, 2012

A indústria de 3ª geração, a europa e o emprego.

Li hoje num jornal que a Comissão Europeia prepara uma estratégia de promoção do crescimento com base em indústrias de 3ª geração, tipologia proposta por um economista americano chamado de Rifkin, que desconheço. De qualquer maneira as indústrias propostas são indústrias que apostam numa rede europeia de energia limpa, a produção dessa energia, a revitalização da construção civil para construir ou recuperar edifícios amigos do ambiente, aposta no carro elétrico . Esta estratégia parece-me apropriada, pois 1º é uma aposta no crescimento, 2º aposta em indústrias que não terão concorrência a curto prazo de países com baixo custo da mão-de-obra, 3º a parte da revitalização da construção civil criará mais emprego, que é necessário neste momento, 4º a focagem na redução dos problemas ambientais. Esperemos que esta ideia avance.

Revisão do plano de austeridade para Portugal.

Os últimos números conhecidos, nomeadamente a previsão da OCDE, aponta para um não cumprimento das metas do défice do Estado, particularmente em 2013, a par de uma revisão que aponta que se vai manter em 2013 o crescimento negativo de -0,9% (contra +0.6 do governo). Estas previsões exigiriam mais austeridade . Ora, qualquer acréscimo de austeridade agravará a recessão económica e a recuperação tão desejada . Os ventos de mudança que Hollande protagonizou, que foram reforçados no âmbito da cimeira dos G8, pode ajudar a mudar de atitude e em vez de mais austeridade poderemos ter programas que pelo menos incentivem o crescimento, como a hipótese de se financiarem investimentos aprovados pela Comissão Europeia com recurso a euro-bonds . Além disso, seria importante flexibilizar o programa de ajustamento, não relevando quaisquer derrapagens em relação aos objetivos traçados: na prática seria dar mais um ano para se fazer o ajustamento . Da avaliação feita do ajustamento pelo grupo de a

A economia portuguesa resiste ao choque da auteridade

No 1º trimestre de 2012 a economia portuguesa decresceu 2,2% menos do que o esperado, devido ao bom comportamento das exportações e à resistência na queda do consumo interno . Sobre a boa resposta das exportações estamos perante um aumento da competitividade, antes das medidas do governo terem tido efeito, pelo que se pode questionar as medidas referentes ao código laboral e à redução dos feriados , que ainda não entraram em vigor. Claro que a redução dos custos laborais pelo congelamento dos salários já se faz sentir e aqui temos com certeza um efeito positivo sobre a competitividade. Já a queda menor do que o esperado do consumo interno é um fator que merece reflexão, não tendo ainda qualquer explicação para o fenómeno numa conjuntura em que há redução de salários reais e menos consumo público. Brincando um pouco, nem se pode dizer que o efeito consumo da promoção do Pingo Doce, ainda esteja contabilizado nestes dados. 

Da teoria (campanha eleitoral) à prática

Depois da vitória do Hollande vejamos qual o seu espaço de manobra para concretizar as suas promessas eleitorais. Com as eleições legislativas a curto prazo o seu discurso não deve mudar muito, mas após estas veremos o que consegue levar à prática do que prometeu. Verdade seja dita só a hipótese de vitória já colocou em cima da mesa a agenda de crescimento. Vamos ver como se concretiza. A hipótese de se avançar com os Eurobonds tem algumas pernas para andar se essa emissão for limitada a projetos de investimento aprovados pela comissão,e ou a uma percentagem da dívida dos países, entre 10 a 20%. A agenda do crescimento também poderá passar por equilibrar o esforço de ajustamento, entre o esforço dos incumpridores já em curso e medidas expansionistas nos países sem problemas de cumprimento, ou seja, o esforço de ajustamento deixaria de ser unilateral e passaria a ser bilateral, em que uns aplicariam a austeridade e outros uma política expansionista para ajudar a eurolândia a recupera