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A mostrar mensagens de fevereiro, 2016

Hoje discute-se o OGE 2016

Já muito foi dito e escrito sobre o orçamento, mas hoje vamos adivinhar o que se pode passar de última hora. Na discussão o ministro já trouxe uma novidade, o valor do desconto por filhos subiu para os 600 € , o que permite aliviar o IRS de alguma classe média, com filhos, acrescentado aos das classes médias baixas que já eram beneficiadas com os 550 €. Da parte do bloco há a proposta do alargamento e desburocratização da tarifa social de eletricidade , o que me parece que pode ser acolhido e com impacto nas famílias mais pobres. Só ainda não percebi se é a EDP que financia esta despesas, como diz a Catarina, que explicou que a EDP provisiona 30 milhões de euros para a tarifa social e fica com o remanescente se não for gasto. A proposta do PCP, esta com pouca hipótese de passar, é a nacionalização do Novo Banco , pois este tipo de solução poderá não ser permitido pela UE e não me parece que o governo siga um caminho de provocar os mercados. O que ouvimos no primeiro dia e hoje, torna

A questão da subida da taxa de juro da divida portuguesa

Outro título possível para este post seria o regresso do papão dos mercados, levantando-se os velhos do Restelo contra os ventos de mudança, suportados pela subida dos juros da dívida a 10 anos. Foram os partidos da anterior coligação que em voz alta proclamaram vitória moral, não havia alternativa à austeridade, por causa dos mercados . Foi o ministro das finanças alemão, que veio dizer que não se pode irritar os mercados , ou seja, a austeridade tem de continuar. Mas não se discutiu o essencial, porque subiram os juros? Na minha opinião a subida dos juros deriva dos problemas com o Deutch Bank, situação esta que alarmou os mercados, com o seu plano de recompra da dívida. Claro que os juros subiram mais em Portugal, mas alguém tem dúvidas, q ue se ataca os pontos mais vulneráveis e que no euro somos nós depois da Grécia ? O facto de o nosso orçamento ter sido negociado depois dos outros e isoladamente também contribuiu ao colocar Portugal a ser falado, mas como se provou, bastou

A polémica sobre o aumento de impostos

Discute-se hoje se para o ano de 2016 vai haver ou não aumento de impostos. Há com certeza diminuição de impostos para os rendimentos mais baixos com o fim da sobretaxa. Para a classe média uma baixa da sobretaxa. Há também uma baixa do IVA da restauração para os 13% sem as bebidas. Há a norma travão do IMI. Portanto, os rendimentos mais baixos foram contemplados com descida dos impostos. Por outro lado, passou a haver IMI para os fundos, subida do imposto sobre produtos petrolíferos ( com a salvaguarda de uma majoração fiscal para as empresas) e subida do imposto sobre veículos, impostos especiais sobre a banca e as produtoras de eletricidade. Ou seja, subida para a classe média via impostos indiretos sobre o automóvel e sobre empresas até agora privilegiadas, os fundos de imóveis, a EDP e a REN. A classe média tem mais impostos e certos setores empresariais também contribuem mais.   No global os impostos baixam ligeiramente e se considerarmos a segurança social sobem 0.1%. Mas se

Quem ganhou na negociação do OGE com a Comissão?

Comparando o draft do OGE com o apresentado ao parlamento, constata-se que o Governo do PS não alterou a sua política económica , repor rendimentos para alavancar a procura interna, principalmente de produtos básicos. De facto os rendimentos continuaram a ser repostos acomodando o acordado na «geringonça» . Com estes aumentos vai haver um aumento da procura interna com impacto nos bens essenciais. Por outro lado houve 800 milhões de euros de impostos e corte de despesas que representam uma cedência à UE, mas sem impacto na despesa das famílias de rendimentos mais baixos, onde se cria criar o aumento de rendimentos. Já a classe média sofre por um lado um ligeiro aumento de rendimentos, mas também uma punção ao nível dos impostos nos consumos de combustíveis e na compra de carros . Mas esta punção faz sentido económico, ao nível dos combustíveis são um travão às importações, que podiam disparar devido à descida de preços, portanto os consumidores ainda estão a ganhar, em relação a 201