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A mostrar mensagens de maio, 2014

As eleições europeias e a governação

O livro do Piketty, já aqui sintetisado, veio provar que a intervenção dos governos ainda tem algum impacto na economia e na distribuição de riqueza , mesmo em países com a soberania limitada devido à UE, particularmente nas polícas monetárias e orçamental. Ora, a continuação deste governo vai continuar a proteger os rendimentos do capital , pelo que importa verificar qual o impacto da eleições europeias na governação. Os resultados não são de moldes a desenhar uma alternativa a este governo, porque a alternativa se dispersou pelos socialistas, comunistas e fenómeno Marinho e Pinto . Mas calaramente os partidos do arco da governação sofreram errosão de votos . As soluções de governação futuras passam pelo bloco central ou por uma aliança à esquerda (aqui incluo o Marinho e Pinto). O bloco central será mais fiel às atuais políticas europeias e a outra solução representa uma rotura com a europa ou pelo menos a saída do euro . A solução mais eurocéptica é também uma solução que será m

A austeridade e a evolução do PIB

A austeridade é recessiva, mas é possível que a procura externa, que a austeridade não afeta, pode ser a locomotiva da economia. Foi o que tem acontecido no nosso país, as exportações justificaram a retoma económica e subida do emprego , além do balão de oxigénio para a procura interna das decisões do TC - argumento já defendido neste blog. Mas a recente queda do produto no 1º trimestre de 2014 em relação ao trimentre anterior, vem provar que esta retoma tem pés de vidro , pois, se os nossos parceiros da UE abrandarem, esta retoma fica comprometida. Além disso, em certos setores o aumento das exportações implicam aumento das importações como nas exportações de refinados do petróleo, o que não é uma situação ideal. Portanto, quando se previa que a austeridade fosse recessiva, o governo embandeirou em arco e foi super optimista, levando com a realidade pela frente em época eleitoral. Quando se é pouco sério estes precalços acontecem...

Piketty e a redistribuição do rendimento

Nos últimos tempos tenho estado a ler vários resumos e artigos de opinião sobre o «o capital no sec. XXI», do autor francês Thomas Piketty. Este é um livro que vem reescrever a ciência económica, 1º por não seguir a moda de usar a matemática em excesso , 2º p or colocar as outras ciências sociais como auxiliares da economia na investigação em vez da matemática , 3º por nos mostrar uma relação entre crescimento económico, distribuição do rendimento e desigualdade social diferente da dominante na ciência económica . Este livro analisa a importância do capital na explicação da distribuição do rendimento, concluindo, através de  uma série longa, desde o séc. XVIII para a França, que para o capital é decisiva a parte que é transmitida de pais para filhos . Por sua vez, os detentores do capital captam a maior parte da riqueza criada, principalmente os 1% mais ricos . Este modelo atingiu um auge entre de 1880 e 1915, começando depois um período em que estes detentores de capital veem a riqu

Balanço do fim do resgate.

Em primeiro lugar o resgate chegou ao fim, mas o acompanhamento irá manter-se até se pagar 75% da dívida. Continuaremos a prestar contas, mas não tão assiduamente. Em economia há sempre quem ganhe e quem perca daí ser também chamada de economia política , termo que por ter uma carga social não é usado por quem prefere dar a ideia de economia como ciência mais pura e menos política, para mistificar melhor as decisões. É um pouco esta a postura do governo português ao falar de caminho único para a saída da crise. Mas voltemos ao balanço, o que há de positivo, tem a ver com a perceção dos mercados e a consequente queda dos juros a pagar aos investidosres em dívida portuguesa . Claro que esta situação também favorece os investimentos no país, pelo que tem um impatcto interno no crescimento da economia. Mas o preço a pagar por isso, foi tremendo, com uma crise muito severa, aumento do desemprego , aumento da injustiça na repartição do rendimento, falências para quem trabalhava para o mer