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A mostrar mensagens de fevereiro, 2014

O fraco crescimento económico sucesso do TC ou do governo?

A propósito das audições da Troica aos parceiros sociais quero relevar as declarações do representante do comércio, que atribuiu a fraca retoma económica ao pagamento do subsídio de Natal e à diminuição das poupanças, devido ao seus efeitos na procura interna. Estou de acordo com esta análise, só que esta análise tem uma consequência: foi o TC (Constitucional) e não o governo quem teve o mérito da medida referida, o pagamento do 14º mês . Daí não ter sentido a forte propaganda do governo para mostrar que já se vê o fim do túnel. De facto, se se continuar a apostar na austeridade, isto é, se houver agravamento desta, é provável que possamos voltar a ter estagnação, ceteris paribus, isto é, mantendo-se tudo igual.

O sorteio de faturas pelo fisco.

Do ponto de vista da eficiência do sistema fiscal fazer sorteiro é uma opção que faz sentido, pois leva as pessoas a pedir fatura, ganhando-se mais impostos com um custo reduzido. Contudo, há um aspeto que é negativo nestes sorteios, é o que se vai dar como prémios. Aqui, concordando com Rebelo de Sousa, acho que o governo sofreu de uma esquisofrenia aguda, pois ao criticar o consumismo e ostentação e ao fazer um discurso de mudança de paradigma contra esse mesmo consumismo e ostentação, volta a promover o paradigma que tanto criticou ao oferecer carros topo de gama. Concluindo, a ideia faz sentido o modo como foi concretizada foi um retrocesso ao paradigma tanto criticado!

A questão dos desempregados

Os números sobre o desempregados voltaram a baixar . Ora, sabemos que com a baixíssima taxa de crescimento é impossível haver diminuição (com significado) do número de desempregados. Não estando em causa uma ligeira recuperação da economia, esta não se deve refletir no número de desempregados, pois os analistas apontam para taxas de crescimento da ordem dos 3% para haver diminuição do desemprego estrutural significativa e estamos muito longe disso, pois o crescimento é só de décimas . Se não está na recuperação da economia a causa para a descida do número de desempregados, teremos de a procurar na emigração e na passagem de certas pessoas de ativos para inativos . Sobre a emigração todos sabemos que há muitos portugueses a fazê-lo - entre os 100.000 e os 120.000 - e que até já houve incitamento de membros do governo para que os portugueses emigrassem. Outro aspeto a considerar é a passagem de ativos a inativos, quer por atingirem a reforma , quer por o subsídio de desemprego ser de