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A mostrar mensagens de novembro, 2011
A inevitabilidade de cortes das despesas com pessoal  e de apoio social. Estive ontem a ver o Medina Carreira na TVI24 onde apresentou uma série de gráficos sobre as despesas públicas e receitas públicas de que passo a resumir as principais ideias. 1) Não há margem para aumentar as receitas , ainda que se possa melhorar a justiça do sistema fiscal, como por exemplo a tributação a 25% dos juros e ganhos bolsistas. 2) Qualquer ataque sério à despesa passa por diminuir as despesas com pessoal ou os apoios sociais do Estado , uma vez que estas representam cerca de 75% do total das despesas. Ou seja, diminuir o nível de vida de 6 milhões de portugueses que vivem à sombra do Estado . Portanto, o corte nos consumos intermédios será sempre pouco significativo em termos de grandeza porque o seu peso é diminuto, ainda que deva ser feito, sobrando os juros da dívida que estão a aumentar e as despesas de investimento, que não devem decrescer, mas com um investimento mais criterioso. Por fim, m
A segunda inspeção da troika Decorreu esta semana a 2ª inspeção da troika e dela saíram duas decisões que me preocupam, a primeira a insistência no baixar dos salários e a segunda a cedência ao lobi dos bancos . A minha posição é esta,  depois dos desmandos dos últimos governos, principalmente dos de Sócrates, é inevitável um ajustamento e esse ajustamento terá de ser feito em plena guerra contra o euro , por quem não quer dividir o estatuto de moeda refugio internacional, que lhe permite emitir moeda sem causar problemas inflacionários na sua quinta, porque essa moeda é usada principalmente fora do país, pelo que temos fraca margem de manobra, logo numa conjuntura pouco favorável. Depois, como já advoguei devemos esperar pela reestruturação da dívida, que não deve ser reivindicada, mas se oferecida deve ser logo aceite, aqui também não compreendo a posição do governo a não ser tendo já em perspetiva o calendário eleitoral, mas tal significa pôr o manter do poder acima dos interes

Assim vai a crise portuguesa

Enfim a TSU lá caiu, ficou sem efeito , sendo substituída por mais meia hora diária de trabalho. O orçamento para 2012 tem uma travagem mais forte porque em vez de se reduzir de 5,9 para 4,6 a redução é de cerca de 8% para 4,6%, logo as medidas tiveram de ser mais pesadas . A responsabilidade da derrapagem, mais uma em 2011, é de ambos os governos, mas sem dúvida com maior peso do governo Sócrates. Não concordo com este orçamento, porque afinal as gorduras do Estado ainda foram pouco cortadas e ainda não se discutiu, pelo menos abertamente, sequer o novo modelo de intervenção do Estado na economia e no social , pelo que me parece que estamos perante uma revolução empacotada, sem que haja debate público do que deve ser o papel do Estado na sociedade. A propósito de uma crise faz-se uma revolução da intervenção do Estado. Ora pelo que foi dito na campanha eleitoral pensava que o governo tinha um rumo traçado e que chegava ao governo e o aplicava. Mas preferiu fazer uma revolução se