Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2017

A problemática dos incêndios

Não sou especialista na matéria, pelo que não vou entrar em muitos detalhes técnicos, mas mesmo assim vou dar a minha opinião de leigo. O problema dos incêndios estão estritamente ligados ao abandono do mundo rural, principalmente no que se refere à pouca rendibilidade da economia florestal. Assim o essencial é fazer reformas que criem valor na floresta (sem ser à base do eucalipto que parece ter um efeito ambiental perverso), aqui parece-me positivo, ainda que insuficiente, a implementação de centrais de biomassa e o seu uso par produzir eletricidade . Também é importante o ordenamento do território e da floresta com uma multiplicidade de espécies, com primazia para as autóctones, que tornem mais difícil o fogo de propagar-se. Para tudo isto ser possível é necessário criar unidades de gestão florestal que licenciem o uso de solos e espécies a implementar nesses solos. Mas o mundo rural não é só floresta, também é agricultura e pecuária, tudo enquadrado num ordenamento territorial qu

O OGE 2018.

O OGE para 2018 continua a ser um orçamento de contenção , devendo o défice começar a diminuir, mas agora com folgas derivadas do crescimento económico , que permitem aumentar a despesa sem aumentar o défice ou compensar com receitas adicionais. A folga deverá atingir os 1.000 milhões de euros só com crescimento económico. Assim, vai continuar a política de recuperação de rendimentos , redução do IRS, para os escalões mais baixos, no valor de 400.000 milhões de euros, a progressão das carreiras na função pública, cerca de 300.000 milhões de euros (fala-se em 30% em 2018 e os restantes em 2019) e a subida das pensões, ainda por definir, mas o aumento automático devido ao crescimento económico superior a 2% deverá andar pelos 200.000 milhões de euros. É de salientar que serão os rendimentos mais baixos os mais beneficiados, a que devemos acrescentar a subida do salário mínimo. Além disso, é preciso aumentar as receitas dentro de uma política de maior justiça social e nesta perspetiva

Rescaldo das eleições autárquicas

Já passaram 48 horas depois de conhecidos os resultados eleitorais, o que me permitiu refletir e chegar às seguintes conclusões: 1. O PS foi o grande vencedor das eleições , tirando partido da estratégia governativa seguida. A mensagem de que o PCP e o BE é que puxaram o PS para as medidas de recuperação do rendimento não passaram . O eleitorado vê no PS o grande obreiro da governação e olha os partidos mais à esquerda como apêndices necessários, mas não decisivos deste governo. 2. O PSD foi um dos perdedores da noite , porque não tem tido linha estratégica, porque a sua mensagem de que depois de nós o diabo foi desmentida pela realidade. Esta situação nacional teve reflexos negativos em alguns concelhos onde perderam câmaras, sem que o trabalho autárquico o fizesse prever. 3. O CDS tirou dividendos de ter descolado da estratégia do PSD , procurando ter propostas alternativas e construtivas. A democracia cristã aparece mais à esquerda que o liberalismo do PSD, que meteu a social dem