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A mostrar mensagens de novembro, 2018

O custo da eletricidade mais caro o triplo em Portugal em relação a Espanha

É hoje notícia no JN que o s impostos em Portugal sobre a eletricidade são o triplo de Espanha . Esta notícia também compara os impostos com os outros países da UE, mas fiquemos-nos pela Espanha. Todos sabemos que Portugal tem crescido pouco acima dos 2%, que já é um crescimento razoável. Este crescimento tem sido possível por  dois motivos , um  externo , via procura externa, resultado de uma conjuntura favorável de crescimento na Europa, que está a definhar como o mostra o crescimento negativo alemão no 3º trimestre, a que os juros baixos ajudaram. O outro motivo, é  interno , a política de recuperação de rendimentos e seu impacto na procura interna. Costuma-se dizer que é na altura de expansão do ciclo económico que há necessidade de alterarem aspetos menos positivos do funcionamento da economia. É aqui que entram  os custos de contexto de competitividade da economia portuguesa , sabendo nós que o preço da eletricidade é decisivo para a concorrência empresarial, diretamente e

Notas sobre o acordo do Brexit

Já foi anunciado há alguns dias o draft do acordo para o Brexit, a implementar após março de 2019. O primeiro comentário é que do lado dos 27 houve união e do lado dos britânicos há profundas divisões entre partidos e no próprio partido conservador da PM May. O que a Europa propôs foi basicamente uma situação parecida à da Noruega, isto é a Britânia vai fazer parte de uma união aduaneira com a UE, até 2020 podendo esta transição ser prorrogada. Explicando melhor na Europa houve dois processos de integração inicial a CEE/UE e a EFTA, depois com os alargamentos estes dois processos foram convergindo, isto é, os países da EFTA foram aderindo à CEE/UE, tendo os que ainda ficaram de fora foram ficado ligados à CEE/UE através de zonas de comércio livre ou uniões aduaneiras, como foi o caso da Noruega. Procurou-se assim preservar os avanços que se conseguiram com os processos iniciais de integração nos anos 50 e 60, com zonas de comércio livre ou uniões aduaneiras (a diferença é nesta últim

A questão do salário mínimo: crença no mercado vs dependência do OGE.

Decorreu ontem mais uma reunião da concertação social para debater o salário mínimo (SM) , onde se discute se o SM deve ascender a mais de 600€  (só para lembrar em Espanha o salário mínimo vai subir para 900€). Como de costume há a posição dos sindicatos de acordo com esta medida e a posição dos patrões que aceitam a medida se houver contrapartidas financeiras , quer em subsídios quer em redução de impostos. Até aqui nada de novo, não deixando de realçar o aproveitamento dos patrões no sentido de obter qualquer coisa mais no OGE2019, que consideram pouco amigo dos patrões. Mais uma demonstração de um espírito empresarial subsídio dependente , que carateriza o nosso tecido empresarial que sempre procurou no Estado uma teta para obter ganhos extras, isto é, fora do normal funcionamento do mercado. De novo, e digno de realce, foi a posição do Ministro Vieira da Silva, que respondeu que a contrapartida da subida do salário mínimo nacional seria a dinamização do mercado interno que benef

O OGE 2019 e a educação.

Decorreu à dias a audição do ministro da educação na Assembleia da República a propósito do OGE para 2019. A grande novidade são os manuais gratuitos para todos os alunos até ao 12º ano. Esta medida peca por não discriminar em função dos rendimentos os que seriam beneficiados pela medida. Ou seja, quem tivesse rendimentos até um certo valor receberia os manuais gratuitamente e a partir daí seriam pagos pelas famílias. Esta medida seria mais justa, mas provavelmente como ficariam de fora poucos alunos, o esforço burocrático para a implementar não se justificaria. Depois não se compreende como o orçamento diminui : o Ministério da Educação fala num aumento da despesa total consolidada de 150 milhões no próximo ano, mas, na verdade, a Educação perderá 182 milhões de euros. Não se compreende esta perda de verbas na educação, com o aumento da despesa com os manuais e com o crescimento da massa salarial dos professores devido ao fim do congelamento das carreiras, com as progressões normai