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A mostrar mensagens de dezembro, 2013

leituras recomendadas

Ando a ler, por necessidade de atualização, os livros de Krugman e da mulher sobre micro e macro. Achei os livros de uma leitura fácil principalmente porque introduz e aprofunda a teoria com exemplos, o que torna a leitura muito interessante. Recomendo-os, pois, a quem já não lê um livro básico de economia há alguns anos. Eu li-os num ápice. Além disso permitiu-me estudar novos assuntos como a teoria dos jogos e estudar a incerteza. Sobre o estado da economia não mudou muito, continua a ser dominada pela ortodoxia neoclássica que coloca o enfoque no longo prazo, os economistas de água doce, como aparecem chamados por Krugman na sua sessão em Portugal de 2012. Aparecem, depois uma minoria de outros economistas, os de água salgada, por os centros de investigação se situarem junto aos oceanos Atlântico e Pacífico, onde aparece uma preocupação com o curso prazo. Como nos diz Krugman o enfoque de longo prazo é insuficiente para se perceber as crises e a forma de como lidar com elas. Ao nív

As teses de Passos Coelho

Nas entrevistas que vem dando, sem nunca pôr em causa a austeridade severa do plano de ajustamento português o PM vem concedendo que o plano foi mal calibrado e por isso foi mais severo. É hoje consensual que era preciso mais tempo para o ajustamento português tanto mais que o ponto de partida eram salários dos mais baixos da europa para se evitar o colapso social, que afinal não aconteceu porque a emigração tem funcionado como valvula de escape. Mas esta pequena cedência esconde a forte convição ideológica deste governo que viu uma oportunidade no plano de ajustamento de fazer transformações neoliberais que em circunstâncias normais seriam mais difíceis de executar (veja-se o projeto de revisão constitucional de Teixeira Pinto), pois agora tinham a proteção do «tem de ser» da troica, imposta de fora para dentro, permitindo ao governo aparecer hoje como mais brando do que a troica, como se pode exemplificar na questão de ainda baixar mais os salários. De fato se nos lembrarmos de G

O drama de Viana do Castelo

Não tenho toda a informação sobre os estaleiro de Viana do Castelo, mas não faz sentido o Estado indemnizar e os privados começarem do zero, sem encargos . Mais, esta situação não é virgem e parece tornar-se o modelo de privatização seguido por este governo, o governo (leia-se os portugueses) fica com os encargos e os privados ficam com o bife, como no caso do BPN, que agora já dá lucro. Mas neste caso há ainda uma situação incompreensível , a empresa sub-concessionária está com uma dívida enorme (fala-se em cerca de 300 milhões de euros) e fica com uma empresa sem investir. Portanto, existe aqui um risco de haver problemas financeiros no futuro com uma empresa que se apresenta descapitalizada. Por estas negociatas passa a vida de 600 famílias... Concluindo, para o capital as boas soluções e para os trabalhadores a incerteza e a ameaça de desemprego.