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A mostrar mensagens de maio, 2015

O problema do equilíbrio da segurança social e da CGA

Vem este texto a propósito do debate sobre a necessidade de cortar pensões colocado pela ministra das finanças. Em primeiro lugar não se percebe porque se fala em cortes e ao mesmo tempo se promete a descida das receitas , quer por parte  do governo quer do PS com a descida da TSU. A verdade é que com 1800 mil milhões de défice na SS e 3500 mil milhões na CGA, dados da SIC, ou seja, uma necessidade de financiamento de 5000 mil milhões , o que se deve discutir é como equilibrar e não reduzir as fontes atuais de financiamento como a TSU. O governo promete um corte de 600 mil milhões e este número não entendo, pois é muito abaixo das necessidades... Por outro lado, o PS fala em fontes alternativas de financiamento, como deslocar uma parte do IRC para a SS e o imposto sucessório, mas estas fontes de financiamento mesmo com mais um aumento da receitas resultado do crescimento económica, também me parece muito insuficiente. A lógica de ambos deve ser ter o orçamento do Estado equilibrado e

As propostas do FMI: a continuação do ajustamento bang/bang

O FMI apareceu com recomendações de não aumento dos vencimentos dos funcionários públicos e redução das pensões, tendo em vista o reequilíbrio das contas públicas. Dos gráficos do Medina Carreira conclui-se que a receita estabilizou por volta dos 80 mil milhões de euros, pelo que a despesa pública (primária) deve ser ligeiramente menor para acomodar o pagamento de juros, que também estão em queda com a gestão dessa dívida relacionada com a baixa das taxas de juro. Além disso, temos a necessidade de equilíbrio da segurança social e da caixa geral de aposentações, que são sistemas em que os descontos dos ativos pagam as pensões dos reformados e o apoio aos desempregados, pois o nosso sistema não é de capitalização, mas de solidariedade. Se olharmos para os aspetos de equilíbrio financeiro continua a haver necessidade de continuar a promover os equilíbrios das contas públicas e dos subsistemas de pensões . Mas também há necessidade de se promover o crescimento , não só do lado das exp

Ainda a propósito da TSU

No último post limitei-me a apresentar as medidas propostas, sem fazer um comentário político-económico. Aqui vai ele. Despois desta semana de reflexão, entendo que mexer-se nos custos do trabalho não é fundamental nesta altura da conjuntura económica . Agora é preciso simplificar a máquina do estado, na atribuição de licensas, no contensioso judicial, na baixa de custos energéticos , para só referir os mais importantes. Logo a descida da TSU não é para mim uma prioridade. Dito isto, faz sentido economicamente apostar no aumento do consumo e aliviar a tesouraria das empresas. Mas, sem criar um desequilíbrio na segurança social e qualquer das propostas (governo e PS) escondem mais do que revelam, em relação à segurança social, pelo que não tenho elementos para perceber o que acontece na segurança social. Acho que estamos perante testes de opinião pública , depois da forte reação da mesma à primeira proposta de descida da TSU. Concluindo, de momento não vejo motivos para se defender

A questão da TSU

Ainda a propósito da simulação do PS, estive a ler a entrevista do seu coordenador ao Dinheiro Vivo e desta sobressai a questão da TSU. A descida da TSU para os trabalhadores de 4 pontos percentuais, visa reforçar o poder de compra dos trabalhadores e desta forma aumentar a procura da economia . Esta medida funciona como um empréstimo em que os trabalhadores recebem mais hoje em troca de menos pensões no futuro. O objetivo é aumentar também o emprego, através de uma diminuição de custos com o trabalho nas empresas. Quanto às empresas a descida da TSU visa reforçar a tesouraria das empresas e possibilitar um maior nível de investimento, mas aqui o financiamento é feito quer com uma parte dos lucros, conseguida ao manter-se a taxa de IRC, em vez de descer, criando-se outras fontes de financiamento da Segurança Social (SS). Além disso ressurge o imposto sucessório, também uma nova fonte de financiamento da SS. Esta é uma medida que vai atuar no lado da oferta. Concluindo a descida da