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A mostrar mensagens de janeiro, 2017

A propósito da redução da TSU como contrapartida do salário mínimo.

Está um debate político acesso sobre a redução da TSU como contrapartida da subida do salário mínimo. Analisemos a situação. Em primeiro lugar concordo com Assunção Cristas que o governo não devia ter assinado um acordo que não estava em condições de cumprir , porque não assegurou na AR uma maioria de apoio a esta medida. Contou com uma coerência do PSD e deu a medida como aprovável, o que parece que não vai acontecer. O PSD fazendo política optou por valorizar o contexto, fazendo oposição e dificultando a vida ao governo, em vez de se manter firme nos seus princípios, posição legítima, que contudo pode ter custos eleitorais e abriu espaço a que a linha social-democrata se fizesse ouvir na contestação ao líder Passos Coelho. Será uma situação em que os fins, atrapalhar e desgastar a governação, se sobrepõe aos meios, ao alterar a sua posição de princípio. Os partidos mais à esquerda, PCP e BE, coerentes com a sua posição de princípio acham que haver descida da TSU para compensar uma

Começa a formar-se um consenso para nacionalizar o NB

Começa a formar-se um consenso na sociedade portuguesa a favor da nacionalização (pelo menos provisória) do Novo Banco (NB) com elementos de todos os quadrantes a defendê-lo, quer como solução menos má, quer do ponto de vista financeiro, mas acima de tudo para evitar a venda ao desbarato de um ativo que já nos custou 4,9 mil milhões de euros. Desde a Manuela Ferreira Leite e Rui Rio no PSD, até Carlos César no PS, além do BE e PCP, aparecem a defender pelo menos a nacionalização transitória do banco, como aconteceu com o Lloyd´s no Reino Unido. A tese de que não haveria custos adicionais após a resolução começa a cair por terra, se não quisermos «oferecer» um banco a fundos privados que normalmente desmantelam as empresas que compram para as vender realizando lucros. Com os prejuízos do BPN em mente e com a sua quase oferta ao BIC e com o que se passou com o Banif, com o Santader a fazer uma compra leonina, com perdas para o Estado, cada vez mais os portugueses devem estar preparado

A Caixa Geral de Depósitos: ainda tudo muito nebloso.

A telenovela da Caixa Geral de Depósitos continua, mas agora começo a questionar-me se este ênfase na Caixa será meramente luta político-partidária , tentando a oposição desestabilizar o governo e seus apoiantes, procurando nesta área criar fricções na coligação? Para responder a esta pergunta é interessante considerar as notícias que vieram a público sobre a necessidade de haver tantas imparidades , tanto mais, que a Caixa estaria na média das suas congéneres europeias até 2016 e estas não foram a correr aumentar as suas imparidades. É verdade também que o anterior CEO da Caixa também não viu necessidade de aumentar as imparidades, além de que os auditores que justificaram as duas posições são os mesmos. Tudo muito estranho! É relevante que Domingues tenha dito no Parlamento que deixou um dossier onde analisa os créditos acima de um dado montante e onde se justifica a necessidade de rever as imparidades. Com a informação que temos detetamos uma tensão , mas n ão se compreende o porq