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A mostrar mensagens de fevereiro, 2013

As eleições em Itália

As eleições em Itália podem marcar uma nova política europeia em relação aos PIGS, porque são uma rejeição clara da austeridade como vem sendo aplicada, sem preocupações com o crescimento. As declarações hoje conhecidas do Presidente do Parlamento Europeu vão nesse sentido, os italianos votaram contra a austeridade pura e dura. Claro que a grande mentora desta política é a Srª Merkel e essa só deverá mudar de política na Europa depois das eleições alemãs, ou seja, a Alemanha deverá ser mais solidária com os outros países, quer ao nível dos eurobonds, quer no estímulo das exportações dos países em dificuldades com políticas de estímulo à sua economia, na medida em que é a locomotiva da europa e se a locomotiva acelerar, as carruagens também a seguirão.

Viragem na política económica do governo

Nesta última semana avolumam-se os fatos que mostram uma inflexão da política económica do governo , que passou de uma lógica de austeridade a todo o custo - não digo, doa a quem doer, porque o capital tem sido poupado aos sacífícios, nas PPP, na banca, no pagamento de impostos, etc - , para uma austeridade com preocupações sociais - é o caso da corda esticada que não pode partir. O que está por detrás desta inflexão é o mau desempenho da economia portuguesa e europeia, que já levaram à revisão da meta de crescimento em 2013 para -2%, ou seja, confirma-se o circulo vicioso recessivo, o que explica o falhanço contínuo das previsões macroeconómicas do governo ! Outro fato significativo desta inflexão é ser o nº 3 do governo, Paulo Portas a gerir o dossier dos cortes de 4 mil milhões, em vez do Gaspar o nº 2, o que demonstra a necessidade de se dar relevância à política em vez da tecnocracia , leia-se Gaspar... Mas tudo isto é feito sem dar razão à oposição, para se não reconhecer o fa

A espiral recessiva está confirmada.

Os últimos dados sobre o desempenho da economia em 2012, confirmam a forte possibilidade da espiral recessiva, ainda mais se o corte de 4 mil milhões for avante - não será o atraso neste programa já uma cautela do governo, anunciada pelo Marques Mendes? O ano passado a economia regrediu 3,2% ficando o PIB ao nível de 2001, ou seja, confirma-se que a última decada não foi só de estagnação, mas a passo de cranguejo! Em conclusão parece que o nosso modelo será mais a Grécia do que a Irlanda.