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A mostrar mensagens de janeiro, 2013

A austeridade continua a ganhar ao cresimento

A notícia de ontem é que Portugal voltou aos mercados com a venda de 2,5 milhões de euros em obrigações a 5 anos. Esta é uma notícia interessante do ponto de vista de financiamento da economia , porque com a baixa das taxas de juro na dívida soberana poderá verificar-se uma restruturação das aplicações bancárias, com o desfazer-se de títulos de soberania ( que deixam de ser rentáveis) e o regresso da concessão de mais crédito à economia real. Só se este fato se verificar é que a notícia interessante se torna boa . Também esperemos que o governo passe a ter margem de manobra para olhar o crescimento , que é o que tem faltado à política deste governo . Aqui, vou ser pessimista, o défice ainda está elevado nos 5%, sendo este valor artificial, pois, mais uma vez, se recorreu a receitas estraordinárias, pelo que nos espera um ajustamento de 3 a 3,5% do PIB, no próximo ano, o que não deve dar margem de manobra para pensar-se em crescimento. Por outro lado, a estratégia de aproveitar os

O debate sobre a independência da política monetária

Nestes últimos tempos os economistas que não pertencem à corrente dominante têm trazido à discussão elementos importantes para se construir uma política alternativa à austeridade seguida . Primeiro falemos de Krugman e do risco de estagdeflação , isto é, crescimento negativo ou muito baixo, como acontece neste momento nas principais economias do mundo e taxas de inflação abaixo dos 2%, que é em geral o objetivo da política monetária.  Este risco de fraco crescimento com reduções da taxa de inflação exige uma cooperação entre as políticas orçamentais e monetárias , o que vai contra o dogma monetarista da independência da política monetária . Outros autores, de que não me lembro o nome, defendem esta segunda tese, isto é em épocas de desalavancagem - redução do endividamento - , para a intervenção na economia ser mais eficiente, deverá fazer com que o Banco Central e os ministros das finaças cooperem, para da sinergia desta cooperação, possam sair políticas mais eficazes no combate à

O circulo vicioso depressivo

A grande notícia do dia é o relatório do FMI sobre onde cortar 4.000 milhões. Estas medidas atingem severamente os funcionários públicos e os pensionistas , bem como os acessos às reformas. Além disso aparece novamente o discursos dos grupos priveligiados a saber professores, médicos, funcionários da justiça e das forças de segurança. O setor mais atingido será o da educação , onde se propõe uma mudança de paradigma com o fim da escola inclusiva e o regresso à escola elitista. Mas do ponto de vista económico se dúvidas houvessem, mesmo com os desmentidos do 1º Ministro, estamos perante cortes da despesa que só podem provocar uma espiral recessiva , pois acrescenta mais recessão à recessão existente. Estas propostas assumem a virtuosidade do modelo neoliberal, o que não está provado, com o incentivo à privatização no seio da educação . Claro que nada é assumido com clareza, 1º degrada-se o público, para depois aparecerem as soluções privadas como salvadoras, tudo isto com legitimação