A questão dos serviços públicos essenciais e os mais pobres
No post anterior escrevia que a prioridade ao défice limita a recuperação do investimento necessário nos serviços públicos essenciais , uma vez que a margem criada pelo crescimento económico e pela descida das taxas de juro da nossa dívida externa, é usada para reduzir o défice em vez de para aumentar o investimento nos serviços públicos. Ora acontece que este investimento a acontecer iria reforçar o crescimento económico , o que geraria mais receitas para o Estado , mas também é uma forma de redistribuição do rendimento a favor das classes mais baixas que dependem totalmente dos serviços públicos no acesso à educação e à saúde, ou seja, a melhoria dos serviços públicos funciona como um salário indireto para os escalões de mais baixos rendimentos . Vejamos, quem ganha o salário mínimo não foi abrangido pela redução do IRS, já beneficiou dos aumentos dos salários mínimos, mas ainda depende totalmente do Estado para a educação dos filhos e dos centros de saúde e hospitais públicos no a