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A mostrar mensagens de maio, 2018

Costa ontem definiu a sua estratégia económica até às eleições

Ontem, 29 de maio, o Primeiro Ministro Costa acabou de explicitar a política económica para o resto da legislatura, citando de memória: «não haverá redução significativa de impostos nem aumento significativo das despesas, porque a prioridade é reduzir a dívida». Temos aqui definida a política económica até ao fim da legislatura, que não vai mexer nos impostos e que vai evitar a subida da despesa pública com novas recuperações de rendimento porque agora a prioridade económica é reduzir o défice . Isto significa que a recuperação de rendimentos está esgotada e como disse o Ministro Centeno todas as folgas vão ser utilizadas para reduzir o défice para se alcançar o superavit o mais depressa possível. Resultará daqui dificuldades na negociação do orçamento para 2019 porque os seus parceiros não têm esta visão da política económica, acreditando que o aumento dos rendimentos é um factor que potencia o crescimento, aliás como defendeu Centeno no programa inicial deste governo, mas agora pa

Sobre o crescimento em Portugal e a aposta no interior

Portugal tem tido uma taxa de crescimento de cerca de 2% , que muitos consideram insuficiente face à crise vivida e à necessidade de baixar a dívida pública. Esta taxa é razoável, mas havendo mais riqueza criada mais depressa se pagaria a dívida e melhor distribuição do rendimento poderíamos ter, quer através da melhoria salarial quer pela redução da carga fiscal. O que se pode fazer para crescermos mais (?)  é a pergunta que se impõe, tanto mais que há países que conseguiram crescer a 5% como a Irlanda . Uma das respostas e vou-me centrar somente nesta, é sem dúvida a aposta no interior . Este movimento, que é da sociedade e não do governo é uma via para crescermos mais e uma forma de incentivar as empresas a vir para Portugal (mas para o interior), concretizando uma descida significativa do IRC (replicando aqui uma medida aplicada pela Irlanda). Não deve haver limite para os lucros tributados a uma taxa simbólica, mas antes um limite temporal para esta taxa baixa ou nula, no mínim

As caraterísticas de personalidade das pessoas dirigentes e a economia

Hoje o tema vai ser o tipo de dirigentes que escolhemos e o seu impacto económico sobre as instituições que comandam. A escolha dos dirigentes numa sociedade democrática é responsabilidade de quem os elege, portanto é essencial o eleitor poder separar o trigo do joio , o que nem sempre tem feito. Vejamos o caso do Eng. Sócrates (daqui para a frente referido como ES): foi eleito por duas vezes e na segunda já eram conhecidas as suspeitas em relação ao freeport, pelo que na segunda eleição já havia indícios de algum dos seus comportamentos. Além do mais todos nos lembraremos da sua tentativa de controlar os telejornais da TVI com a Manuela Moura Guedes, mas mesmo assim conseguiu ser reeleito. As consequências da sua governação e dos seus projetos megalómanos foi a «banca routa» do país e um plano de intervenção em soberania condicionada . Sofremos perda de salários reais e aumento de impostos. Vejamos o caso do Bruno de Carvalho (daqui para a frente designado por BC), foi já esta épo

O orçamento da UE para os próximos anos

A saída do Reino Unido, que era um contribuinte líquido vai diminuir as receitas do orçamento comunitário após o Brexit. Há várias maneiras de lidar com este problema: *diminuir a despesa; *aumentar as receitas com mais contribuição dos Estados; *aumentar a receita através de impostos comunitários, como o imposto sobre produtos financeiros; *um misto destas medidas. A semana passada a comissão explicou como quer resolver este problema: apostou mais na primeira solução e fez uma subida tímida de 0.1 das contribuições estatais . Resultado as duas principais políticas da UE, a PAC e política de coesão (apoio às regiões mais atrasadas) vão ter cortes, o que vai prejudicar bastante Portugal, principalmente nesta última, para além de se introduzirem outros critérios na distribuição de verbas, como o impacto das alterações climáticas e os níveis de desemprego. Estes novos critérios não nos são favoráveis porque não temos maus indicadores associados a estas novas variáveis. Há previsões

Continuam os indícios de corrupção ao mais alto nível.

Continuamos a ser confrontados com casos de corrupção ao mais alto nível e nalguns casos mesmo de captura do poder político pelo poder económico . Os últimos casos foram o de um ex-ministro e a sua ligação ao BES com recebimento, que continuou a usufruir como ministro, de uma mensalidade. Este caso está ligado às rendas excessivas na eletricidade numa altura em que a EDP era participada pelo BES. Este é um caso extremo de total despudor e esses pagamentos eram feitos de off-shores, que também foram usados na operação «marquês». É extremo e inédito porque envolve o recebimento de uma avença mensal por um ministro paga por uma empresa tutelada pelo mesmo ministro. Outro caso que veio a público está relacionado com o presidente da ADSE, que aparece como suspeito numa auditoria de favorecimento a amigos enquanto gestor de uma empresa privada. Aqui o caso é entre privados, mas o comportamento denunciado deveria ter impedido este Sr. de ocupar o cargo público de Presidente da ADSE. Aqui h