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A mostrar mensagens de novembro, 2012

A agricultura e a solução do problema grego

Nem todas as notícias são más, como as que derivam do setor agrícola que tem vindo a diminuir o défice da balança comercial , de 5 mil milhões pra 3 mil milhões, nos últimos 5 anos. Parece que este setor tem beneficiado da crise, no sentido de certos atores económicos com falta de emprego se terem virado para a agricultura , à razão de 200 por mês. Também achei uma boa notícia a imposição de um pagamento a 30 dias quer da indústria, quer da comercialização , que vem acabar com a fragilidade nas negaciações contratuais dos agricultores. Mas mais importante para o nosso futuro, como forma de atenuar as nossas dificuldades, é o acordo sobre o resgate da Grécia que vai ao encontro do que tenho vindo a defender: mais tempo, juros mais baixos e aircut da dívida, ainda que esta última não esteja em cima da mesa para Portugal. Havendo a regra de alargar aos outros países sobre intervenção, as medidas tomadas em relação a um deles, ficamos à espera ...Afinal, Sr. Coelho de passos apressado

A falta de solidariedade europeia: verbas do fundo de coesão

Está em curso na UE a negociação de fundos para o próximo período de planificação de despesas (1914/2020). Ontem houve debate na AR e a posição portuguesa de rejeição a uma proposta de redução de 17% no fundo de coesão, faz todo o sentido, como o Presidente Cavaco bem resumiu: é juntar à austeridade redução de verbas para a coesão, o que significará deixar os países com problemas de finanaciamento mais entregues a si próprios. O que mais me preocupa nestas propostas é a falta de solidariedade na UE, com os países ricos a tentarem limitar os seus apoios aos países mais probres em época de dificuldade para estes . Por este caminho corre-se o sério risco de a EU começar a caminhar para a desagregação...

O mar como focus estratégico futuro de Portugal

A notícia do dia baseia-se num estudo, que basicamente nos diz que Portugal cria pouca riqueza com o mar, cerca de 2% , quando nas comparações internacionais este valor tem uma média de 5% em países comparáveis ao nosso. Aqui está um setor que deveria ter um plano estratégico e que poderia impulsionar o crescimento económico tão desejado. Infelizmente, o governo está concentrado exclusivamente no ajustamento dos défices pelo lado da procura, esquecendo-se de que há espaço para políticas do lado da oferta , quer na utilização dos dinheiros do QREN quer no impulsionar de certos setores estratégicos, como seria este do mar. Estamos pois perante um debate muito positivo que nos leva a descobrir políticas com impato do lado da oferta, que é sem dúvida um caminho muito positivo para impulsionar o crescimento.

É urgente a renegociação dos juros da dívida

Em momentos de crise é normal haver uma política monetária de embaratecimento do crédito , isto é, em épocas de crise o banco central diminui as taxas de juro de prestamista de última instância à economia, às vezes para valores próximos de zero, como já aconteceu no Japão. Assim sendo, e esta opção de política económica é mais ou menos consensual na teoria económica, não se percebe porque na zona EURO a baixa das taxas de juro só tenha impacto na economia privada, ou seja, as dívidas públicas não beneficiam das taxas de juro estabelecidas pelo BCE .  Dirão uns que tal se deve ao fator risco, mas o fator risco não é um elemento da política anti-crise, antes pelo contrário funcionará acima de tudo em tempos de prosperidade, para a evitar. Verifica-se mesmo na atualidade uma inversão do uso do fator risco, com efeitos perversos, pois este tende a ser menosprezado em épocas de prosperidade e aplicado em épocas de crise a quem precisa de ajuda . Foi o que aconteceu com a crise de sub-prim