Viragem na política económica do governo

Nesta última semana avolumam-se os fatos que mostram uma inflexão da política económica do governo, que passou de uma lógica de austeridade a todo o custo - não digo, doa a quem doer, porque o capital tem sido poupado aos sacífícios, nas PPP, na banca, no pagamento de impostos, etc - , para uma austeridade com preocupações sociais - é o caso da corda esticada que não pode partir.
O que está por detrás desta inflexão é o mau desempenho da economia portuguesa e europeia, que já levaram à revisão da meta de crescimento em 2013 para -2%, ou seja, confirma-se o circulo vicioso recessivo, o que explica o falhanço contínuo das previsões macroeconómicas do governo!
Outro fato significativo desta inflexão é ser o nº 3 do governo, Paulo Portas a gerir o dossier dos cortes de 4 mil milhões, em vez do Gaspar o nº 2, o que demonstra a necessidade de se dar relevância à política em vez da tecnocracia, leia-se Gaspar...
Mas tudo isto é feito sem dar razão à oposição, para se não reconhecer o falhanço da política seguida.

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