A questão dos desempregados

Os números sobre o desempregados voltaram a baixar. Ora, sabemos que com a baixíssima taxa de crescimento é impossível haver diminuição (com significado) do número de desempregados.
Não estando em causa uma ligeira recuperação da economia, esta não se deve refletir no número de desempregados, pois os analistas apontam para taxas de crescimento da ordem dos 3% para haver diminuição do desemprego estrutural significativa e estamos muito longe disso, pois o crescimento é só de décimas.
Se não está na recuperação da economia a causa para a descida do número de desempregados, teremos de a procurar na emigração e na passagem de certas pessoas de ativos para inativos.
Sobre a emigração todos sabemos que há muitos portugueses a fazê-lo - entre os 100.000 e os 120.000 - e que até já houve incitamento de membros do governo para que os portugueses emigrassem.
Outro aspeto a considerar é a passagem de ativos a inativos, quer por atingirem a reforma, quer por o subsídio de desemprego ser de menor duração - o que aconteceu por ação deste governo -, o que faz que certas pessoas deixem de procurar emprego e passem a ser considerados inativos.
Concluindo, este governo ainda não se pode vangloriar da descida do desemprego.

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