A favor de uma gestão humanizada e contra o gerencialismo

Vivemos um período da vida económica caracterizada pela globalização que impõe em nome da concorrência várias coisas, desde a sociedade do conhecimento, até ao gerencialismo.
Vamos hoje centrar-nos nesta última questão, caracterizada pela necessidade de uma gestão forte, se necessário musculada, para controlar custos e poder garantir a competitividade num mundo globalizado. Significa isto que a variável estratégica na empresa é a gestão, que deve ser impositiva e responsabilizada pelos seus actos.
Ora uma primeira contradição destes teóricos é defenderem também a necessidade de a gestão se apoiar em recursos humanos qualificados. A contradição resulta do reconhecimento implícito da necessidade de bons recursos humanos e não só de boa gestão. Outra contradição é que se a gestão aparece como impositiva, os bons recursos humanos pouco espaço terão para a sua participação na vida da empresa, terão de ser colaboradores do tipo tayloriano, estão para trabalhar e não para pensar. Se assim é para quê ter bons recursos humanos qualificados? Basta ter bons trabalhadores calados e cumpridores, aliás como Taylor reconheceu.
Em face destas contradições continuo a apostar na necessidade de uma gestão participativa na fase de decisão, para se estimular a participação da organização na prossecução dos objectivos.
Se assim não é estamos no paradigma dos processos disciplinares, na rotação de colaboradores, etc.

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