O debate sobre o crescimento em período de austeridade.

Nesta altura já há muitas vozes a favor do crescimento. Até já há números sobre o montante a investir, mais modestos do governo e o quaduplo do PS. Também já há um consenso sobre quais os setores a serem a aposta deste esforço de crescimento, falando-se de reindustrialização, mas agora com efoque em setores de tecnologia intensiva, que aliem investigação e novos produtos, ainda que uma boa parte do esforço de investigação continue a ser nas universidades e pouco, ainda que em crescimento, nas empresas.
Mas a austeridade ainda não chegou ao fim, ainda não se atingiu o equilíbrio estrutural das contas públicas, pelo que este esforço deve continuar, talvez por um período mais dilatado no tempo, para que o crescimento, quer no país quer na europa ajudem a mitigar os sacrifícios que ainda são precisos, sem que a economia colapse ainda mais.
Encontrar um ponto de equilíbrio entre estas duas perspetivas é o que está em causa. Por um lado, os extremos, só austeridade e o doente pode morrer, e só crescimento e perdemos o apoio da europa, o que implicaria a saída do euro. No meio, podemos ter as duas coisas, mas para isso a europa tem de abrandar a austeridade e ajudar ao crescimento. Este é que parece ser o problema, que a posição de Itália pode ajudar a desbloquear. Ou seja, é lá fora que se vai decidir o nosso futuro, quer com as mudanças que as eleições na Alemanha trarão, quer com o fortalecimento de posições que a corrente pró crescimento conseguir.

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