O OGE para 2014
Depois da férias é tempo de voltar ao blog. Reconheço que sem alunos do prosseguimento de estudos, tenho menos motivação para aqui escrever, pois muitas vezes respondia a questões colocadas pelos alunos. Agora vou fazê-lo para ocupar o tempo, os furos do horário com que fui recentemente brindado.
Ora este orçamento continua a política de austeridade e corre o risco de matar a fraca recuperação que se fez sentir em 2013, pelo que os cenários macroeconómicos subjacentes, com um crescimento económico de 0.5 a 0.8 %, são optimistas.
Depois da balança comercial ficar positiva falta fazer o ajustamento do défice público e depois deste alcançado controlar a dívida pública.
Ora o objetivo de 4% para o défice parece-me impossível de ser alcançado, a troica parece sabê-lo, mas como se vai embora a meio do ano, basta-lhes anunciar a meio do ano que o défice é possível, mas com medidas adicionais que não estarão cá para controlar..
A austeridade prevista é bastante pesada e ataca os funcionários públicos e os pensionistas pesadamente e a partir de níveis mais baixos de rendimento (600 € em vez dos 1300 €), enquanto faz uma cocegazinhas ao capital, tocando nas situações de monopólio, o que me parece pouco mas positivo.
Tenho consciência que os cortes têm de atingir as maiores despesas do Estado, salários e pensões, mas estes cortes devem ser menos pesados e compensados com mais austeridade sobre o capital e rendas. Outra questão negativa é estes cortes aparecerem como transitórios por falta de uma reforma do Estado, o que mostra taticismo e não estratégia.
A questão do desemprego continua sem ser atacada como prioritária, como mostra o fato de a descida do IVA na restauração ter caído.
Em suma, penso que este governo de direita aplica uma política neoliberal, com uma agenda ideológica não assumida, pelo que é criticado à esquerda mas também pelos seus colegas de partido que são sociais democratas e que defendem um pato social com preocupação com o trabalho e pelos democratas cristãos com uma agenda social não assistencialista.
Ora este orçamento continua a política de austeridade e corre o risco de matar a fraca recuperação que se fez sentir em 2013, pelo que os cenários macroeconómicos subjacentes, com um crescimento económico de 0.5 a 0.8 %, são optimistas.
Depois da balança comercial ficar positiva falta fazer o ajustamento do défice público e depois deste alcançado controlar a dívida pública.
Ora o objetivo de 4% para o défice parece-me impossível de ser alcançado, a troica parece sabê-lo, mas como se vai embora a meio do ano, basta-lhes anunciar a meio do ano que o défice é possível, mas com medidas adicionais que não estarão cá para controlar..
A austeridade prevista é bastante pesada e ataca os funcionários públicos e os pensionistas pesadamente e a partir de níveis mais baixos de rendimento (600 € em vez dos 1300 €), enquanto faz uma cocegazinhas ao capital, tocando nas situações de monopólio, o que me parece pouco mas positivo.
Tenho consciência que os cortes têm de atingir as maiores despesas do Estado, salários e pensões, mas estes cortes devem ser menos pesados e compensados com mais austeridade sobre o capital e rendas. Outra questão negativa é estes cortes aparecerem como transitórios por falta de uma reforma do Estado, o que mostra taticismo e não estratégia.
A questão do desemprego continua sem ser atacada como prioritária, como mostra o fato de a descida do IVA na restauração ter caído.
Em suma, penso que este governo de direita aplica uma política neoliberal, com uma agenda ideológica não assumida, pelo que é criticado à esquerda mas também pelos seus colegas de partido que são sociais democratas e que defendem um pato social com preocupação com o trabalho e pelos democratas cristãos com uma agenda social não assistencialista.
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