A importância da estatística versus ideologia

Da entrevista do responsável da pordata à TSF quero realçar duas histórias:
* numa reunião entre governantes e empresários, o secretário de Estado presente depois de apresentar várias medidas de apoio à economia, pergunta que outras medidas os empresários sugeririam, ao que um respondeu que a melhor medida seria o governo pagar a tempo de horas, ao que o Sr. secretário de Estado respondeu que era um problema individual e seria analisado se deixasse os seus contatos com a secretária.
* o entrevistado quando era deputado solicitou elementos estatísticos para apreciar uma lei, elementos esses que só vieram 6 meses já depois da lei aprovada.
Destas histórias parece que se governa com base na ideologia e no «feeling» e não na procura de soluções de problemas concretos. Problemas concretos exigem diálogo, não favores, e informação estatística, não «feelings», para se diagnosticar com rigor e encontrar as melhores soluções. Daqui se conclui que os gabinetes ministeriais recrutam com base no posicionamento ideológico e não com base na competência técnica e está na hora de se alterar esta situação.

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