O caso Grego e as eleições portuguesas
O governo português estava interessado na humilhação da Grécia por motivos eleitorais, foi o que o Juncker ontem veio tornar público, confirmando as desconfianças que haviam, com a recusa de Portugal, Espanha e Irlanda de discutir a solução da dívida grega antes de finais de outubro, ou seja, somente depois das eleições nos respetivos países.
O PS andou como um cata vento, sem ter uma posição de princípio, para evitar que votos da esquerda lhe fugissem numa possível bipolarização. São estas atitudes que me afastam dos oportunistas na política...A única posição interessante é admitirem a necessidade de se colocar a discussão da dívida que é insustentável, a nível europeu, quer da Grécia quer de Portugal.
O PCP foi coerente apoiou o governo Grego até ele capitular por não querer atravessar a linha da saída do euro, que os comunistas defendem. De facto este foi o problema do Syrisa não querer sair do euro, escolheu continuar no euro e ser humilhado.
O BE ficou numa posição difícil, com a capitulação do Syrisa à austeridade, sem ter uma proposta de solução para a dívida. Reconhece e bem a discussão político-económica que a posição inicial do governo grego teve no debate sobre a Europa, mas pouco mais pode dizer, de que se abriu a caixa de pandora e obrigou-se os socialistas europeus a uma ligeira demarcação, que foi importante ao oporem-se à saída da Grécia do euro.
Destas posições conclui-se que o governo quer tirar partido eleitoral do que se passa na Grécia, mostrando que não há alternativa à austeridade que aqui aplicou, mesmo que isso esconda um problema futuro, a questão da dívida que mais tarde ou cedo nos vai afetar. O PS dentro da austeridade propõe-nos um caminho menos pesado e assume o problema da dívida. O PCP tem um programa coerente, acabar com a austeridade significa sair do euro, como defendem economistas como Ferreira do Amaral, não sendo comunistas. O BE ficou traumatizado com o fracasso do Syrisa e não compreendi se está disposto a sair do euro, ou se fica feliz com as divisões que se abriram na Europa como condição para um debate mais aberto?
O PS andou como um cata vento, sem ter uma posição de princípio, para evitar que votos da esquerda lhe fugissem numa possível bipolarização. São estas atitudes que me afastam dos oportunistas na política...A única posição interessante é admitirem a necessidade de se colocar a discussão da dívida que é insustentável, a nível europeu, quer da Grécia quer de Portugal.
O PCP foi coerente apoiou o governo Grego até ele capitular por não querer atravessar a linha da saída do euro, que os comunistas defendem. De facto este foi o problema do Syrisa não querer sair do euro, escolheu continuar no euro e ser humilhado.
O BE ficou numa posição difícil, com a capitulação do Syrisa à austeridade, sem ter uma proposta de solução para a dívida. Reconhece e bem a discussão político-económica que a posição inicial do governo grego teve no debate sobre a Europa, mas pouco mais pode dizer, de que se abriu a caixa de pandora e obrigou-se os socialistas europeus a uma ligeira demarcação, que foi importante ao oporem-se à saída da Grécia do euro.
Destas posições conclui-se que o governo quer tirar partido eleitoral do que se passa na Grécia, mostrando que não há alternativa à austeridade que aqui aplicou, mesmo que isso esconda um problema futuro, a questão da dívida que mais tarde ou cedo nos vai afetar. O PS dentro da austeridade propõe-nos um caminho menos pesado e assume o problema da dívida. O PCP tem um programa coerente, acabar com a austeridade significa sair do euro, como defendem economistas como Ferreira do Amaral, não sendo comunistas. O BE ficou traumatizado com o fracasso do Syrisa e não compreendi se está disposto a sair do euro, ou se fica feliz com as divisões que se abriram na Europa como condição para um debate mais aberto?
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