Quem ganhou na negociação do OGE com a Comissão?
Comparando o draft do OGE com o apresentado ao parlamento, constata-se que o Governo do PS não alterou a sua política económica, repor rendimentos para alavancar a procura interna, principalmente de produtos básicos.
De facto os rendimentos continuaram a ser repostos acomodando o acordado na «geringonça». Com estes aumentos vai haver um aumento da procura interna com impacto nos bens essenciais.
Por outro lado houve 800 milhões de euros de impostos e corte de despesas que representam uma cedência à UE, mas sem impacto na despesa das famílias de rendimentos mais baixos, onde se cria criar o aumento de rendimentos.
Já a classe média sofre por um lado um ligeiro aumento de rendimentos, mas também uma punção ao nível dos impostos nos consumos de combustíveis e na compra de carros. Mas esta punção faz sentido económico, ao nível dos combustíveis são um travão às importações, que podiam disparar devido à descida de preços, portanto os consumidores ainda estão a ganhar, em relação a 2015, se o petróleo se mantiver abaixo dos 70/80 dólares. A subida do imposto automóvel é um desincentivo a que o aumento de rendimento não traga mais importações de veículos. Portanto, face ao equilíbrio da Balança Comercial (BC), procura-se que este se mantenha, pelo que são medidas que fazem sentido na atual conjuntura de manter a BC equilibrada.
Outro setor muito penalizado anteriormente foi a restauração que é presenteada com uma redução do IVA para 13%. Esta diminuição faz sentido como incentivo para criar emprego destruído com as medidas de austeridade anteriores, portanto, é uma medida que pode ajudar a recuperar o emprego.
Por último os setores mais beneficiados no passado, a banca e a eletricidade, vão pagar mais impostos, para compensarem os sacrifícios feitos pelos portugueses para os ajudarem.
Concluindo, mesmo as cedências à UE vão no sentido de alteração da política seguida pelo anterior governo, pelo que o governo ganhou esta negociação e mostrou que se pode ter política própria.
De facto os rendimentos continuaram a ser repostos acomodando o acordado na «geringonça». Com estes aumentos vai haver um aumento da procura interna com impacto nos bens essenciais.
Por outro lado houve 800 milhões de euros de impostos e corte de despesas que representam uma cedência à UE, mas sem impacto na despesa das famílias de rendimentos mais baixos, onde se cria criar o aumento de rendimentos.
Já a classe média sofre por um lado um ligeiro aumento de rendimentos, mas também uma punção ao nível dos impostos nos consumos de combustíveis e na compra de carros. Mas esta punção faz sentido económico, ao nível dos combustíveis são um travão às importações, que podiam disparar devido à descida de preços, portanto os consumidores ainda estão a ganhar, em relação a 2015, se o petróleo se mantiver abaixo dos 70/80 dólares. A subida do imposto automóvel é um desincentivo a que o aumento de rendimento não traga mais importações de veículos. Portanto, face ao equilíbrio da Balança Comercial (BC), procura-se que este se mantenha, pelo que são medidas que fazem sentido na atual conjuntura de manter a BC equilibrada.
Outro setor muito penalizado anteriormente foi a restauração que é presenteada com uma redução do IVA para 13%. Esta diminuição faz sentido como incentivo para criar emprego destruído com as medidas de austeridade anteriores, portanto, é uma medida que pode ajudar a recuperar o emprego.
Por último os setores mais beneficiados no passado, a banca e a eletricidade, vão pagar mais impostos, para compensarem os sacrifícios feitos pelos portugueses para os ajudarem.
Concluindo, mesmo as cedências à UE vão no sentido de alteração da política seguida pelo anterior governo, pelo que o governo ganhou esta negociação e mostrou que se pode ter política própria.
Comentários