Hoje discute-se o OGE 2016

Já muito foi dito e escrito sobre o orçamento, mas hoje vamos adivinhar o que se pode passar de última hora.
Na discussão o ministro já trouxe uma novidade, o valor do desconto por filhos subiu para os 600 €, o que permite aliviar o IRS de alguma classe média, com filhos, acrescentado aos das classes médias baixas que já eram beneficiadas com os 550 €. Da parte do bloco há a proposta do alargamento e desburocratização da tarifa social de eletricidade, o que me parece que pode ser acolhido e com impacto nas famílias mais pobres. Só ainda não percebi se é a EDP que financia esta despesas, como diz a Catarina, que explicou que a EDP provisiona 30 milhões de euros para a tarifa social e fica com o remanescente se não for gasto. A proposta do PCP, esta com pouca hipótese de passar, é a nacionalização do Novo Banco, pois este tipo de solução poderá não ser permitido pela UE e não me parece que o governo siga um caminho de provocar os mercados.
O que ouvimos no primeiro dia e hoje, torna claro que o orçamento vai passar com base no consenso da esquerda, na medida em que este orçamento repõe rendimentos, cumpre a constituição, sem deixar de redistribuir a austeridade que se mantém ou desce ligeiramente. A redistribuição é feita em benefício dos trabalhadores e restauração e à custa dos mais ricos, setores oligopolistas e uso do automóvel.

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