As opções gerencialistas e o calendário eleitoral

É hoje notícia do dia a queda do Ministro da Saúde, Correia de Campos, que estava a aplicar uma política economicista numa das áreas sociais mais sensíveis e que tinha começado a mobilizar cada vez mais gente na defesa da Saúde próxima das populações, ou pelo menos que ao desmantelar estruturas existentes pusesse em funcionamento alternativas credíveis, o que não estava a acontecer, veja-se a polémica entre o INEM e os bombeiros - ao cair o ministro fez um pedido não me chamem o INEM...
Este facto prova que o governo entrou decididamente numa nova fase, a de dar uma imagem mais favorável, deixando para trás as reformas inevitáveis penalizadoras das populações.
Mais, a máscara de ferro do governo de que o que estava a fazer tinha que ser feito também caiu, afinal há formas diferentes de se fazer as coisas e políticas a corrigir, aquelas que mais podem penalizar o governo com o aproximar das eleições.
A infalibilidade deu lugar a correcções, afinal são humanos e não deuses e como humanos enganam-se ...
A economia, leia-se primado do controlo de despesas, cedeu lugar à política e às necessidades eleitorais do partido no governo. O gerencialismo deu um passo atrás para voltar mais tarde?
Depende de nós.

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