O caso do BCP

Ainda hoje numa das minhas aulas fui questionado sobre o que se passava no BCP. Expliquei que num dos últimos aumentos de capital, o banco financiava a compra de acções através empréstimos mediados através de paraisos fiscais, garantindo o sucesso da operação e controlando a entrada de accionistas indesejáveis. A operação deixava de ser transparente como mandam as regras das bolsas, passando a ser uma operação completamente controlada no sentido da salvaguarda dos interesses dos que controlavam o banco.
Este caso só veio a público porque as comadres se zangaram e começaram a lavar a roupa suja. O banco central parece que pediu informações na altura, mas a resposta foi tranquilizadora. Então não é que para o Banco Central investigar é pedir informações e acreditar nelas? Por isso nada aconteceu na altura.
Mas agora o caso pia mais fino, na luta pelo poder em curso há que explorar o assunto para afastar certos actores. Ou seja, o BC só intervem quando apoia certos interesses? Esta lógica de supervisão é de facto muito «sui generis» ...
A credibilidade e idoneidade do BC é assim destruída por eles próprios ...

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