Para quando as medidas estruturais?

As medidas de contenção do défice continuam a incidir sobre o lado das receitas, havendo medidas tímidas do lado das despesas, sendo estas medidas que vão penalizar mais os municípios do que o governo central. Tudo isto é diferente dos «nuestros hermanos» que atacaram em força as despesas...
Está na hora de se construir políticas estruturais, quer de redução do défice, o que significa atacar a despesa e os seus excessos. Há várias metodologias, desde o orçamento zero, isto é em vez de pedirmos 1005, porque o ano passado gastámos 1000, temos de justificar tudo, organismo a organismo estatal, além de se dever questionar a razão de ser dos próprios organismos existentes, sabendo que muitas vezes há duplicação de funções. Quer do caminho a seguir em termos estratégicos. Ora em termos estratégicos está provado que a aposta nas obras públicas de transportes é um modelo que provou ter uma rendibilidade baixa e que não tem alavancado o crescimento económico, como os resultados de fraco crescimento o provam na última década. Não se compreende, pois, os gastos de mais 7 milhões em autoestradas, que devem chegar aos 20 milhões, com os juros e derrapagens como tem acontecido (ver estudo recente da Universidade Nova de Lisboa).
Em postes anteriores já explicitei a minha visão estratégica, apostar em empresas que criem valor acrescentado baseadas em tecnologias de ponta desenvolvidas no país com base em I&D. Estas novas orientações são necessárias para o governo deixar de ser reactivo e passar a comandar os acontecimentos.

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