As alterações estruturais da economia portuguesa

Hoje vamos discutir uma alteração necessária numa política económica e um dos défices do país, talvez o mais importante, o défice enérgético. O défice energético é responsável por elevadas importações de produtos energéticos, desde o petróleo até à electricidade.
Depois da introdução do gás natural, passou-se às energias renováveis, medidas positivas que permitiram melhorar a diversidade de fontes de abastecimento, aproveitar recursos naturais, mas que pouco fizeram pela alteração dos gastos em importações, porque substituímos, petróleo por gás natural, e aproveitamos as energias renováveis até 4% do total, que julgo não poder ser muito melhorado, porque esta energia é instável e portanto não sendo constante tem uma importância reduzida no mixed possível. Estamos também a construir novas barragens, mas a nossa dependência do exterior continua a ser significativa.
Julgo que está na hora de se colocar em cima da mesa a discussão do nuclear, com o objectivo de produzir até 20% das necessidades de energia, sendo pois este objectivo ao contrário das renováveis já significativo no seu impacto na balança comercial.
Devemos colocá-lo porque apesar do risco existir no que respeita a uma catástrofe ambiental, já o temos pela existência de centrais espanholas junto à nossa fronteira, sem tirarmos benefícios desse risco. Depois a subida do preço do petróleo faz esta decisão mais necessária do ponto de vista económico, na medida em que os factores energéticos são cada vez mais importantes na competividade das nossas exportações.

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