A inevitabilidade de cortes das despesas com pessoal  e de apoio social.
Estive ontem a ver o Medina Carreira na TVI24 onde apresentou uma série de gráficos sobre as despesas públicas e receitas públicas de que passo a resumir as principais ideias.
1) Não há margem para aumentar as receitas, ainda que se possa melhorar a justiça do sistema fiscal, como por exemplo a tributação a 25% dos juros e ganhos bolsistas.
2) Qualquer ataque sério à despesa passa por diminuir as despesas com pessoal ou os apoios sociais do Estado, uma vez que estas representam cerca de 75% do total das despesas. Ou seja, diminuir o nível de vida de 6 milhões de portugueses que vivem à sombra do Estado. Portanto, o corte nos consumos intermédios será sempre pouco significativo em termos de grandeza porque o seu peso é diminuto, ainda que deva ser feito, sobrando os juros da dívida que estão a aumentar e as despesas de investimento, que não devem decrescer, mas com um investimento mais criterioso.
Por fim, mais uma questão que estou de acordo, os sacrifícios são inevitáveis, mas deveria-se criminalizar os políticos que conduziram ao atual descalabro. Deveria-se mobilizar a sociedade civil para exigir a criminalização dos políticos, pois eles nunca o farão.

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