A estratégia de reindustrialização

O documento assinado por vários ministros da economia, entre os quais o alemão e o francês, vai no caminho certo, uma vez que no meu último post se identificava a desindustrialização como uma das causas da perda de riqueza criada pelo mundo ocidental, logo uma política de reindustrialização é ir ao fundo do problema.
Apesar do documento falar também na política energética, esta também merecia uma estratégia de nível comunitário, nomeadamente a aposta nas renováveis e no automóvel elétrico.
Mas mais importante que as intenções são as formas como serão concretizadas, como se costuma dizer: de boas intenções está o inferno cheio. Ora, aqui surge a questão do financiamento do quadro de apoio comunitário, que está em fase de redução, logo pouco sobrará para a política industrial, se não se alterar a PAC, porque a política de coesão não deverá em minha opinião ser mexida, na medida em que é o único processo de apoio aos países mais pobres pelos mais ricos, afim de se manter alguma solidariedade.
Concluindo, a intenção é boa, mas a sua concretização pode ser posta em causa, pela dificuldade de conseguir consensos em tempo de crise e alterar os interesses instalados (PAC), que representa uma parte significativa do orçamento comunitário.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Vantagens e desvantagens do FMI

A conflitualidade de objetivos de política económica

A minha experiência com a estomatologia (análise económica).