Ciclo eleitoral/económico favorável ao governo?

O ano de 2014 pode ser um ano com boas notícias para o governo ao nível do contexto internacional:
* com a retoma na europa, que já foram equacionados no post anterior;
* com a evolução favorável dos juros, que já estão abaixo dos 5%, o que pode abrir caminho a uma saída à irlandesa;
* com boas expetativas futuras se o acordo com os EUA/UE se concretizar;
Este contexto já faz o Passos Coelho levantar a garimpa, com a proposta de tese sobre as presidênciais em que previlegia um presidente pouco ativo, com a própria intervenção no processo de referendo de coadoção, que serviu mais para marcar uma posição interna de força, apesar da trapalhada e pouca ética formal do processo.
Portanto, o nosso 1º ministro já se comporta como vencedor da crise e em condições de poder disputar as próximas eleições.
Mas, podem ser foguetes antes do tempo, pois este final de janeiro fez sentir uma discrepãncia entre o discurso do governo com foguetes sobre o vencer da crise e o bolso dos portugueses que vêem a austeridade agravada com a redução do salário líquido mensal em setores como a função pública e os pensionistas. Este agravamento da austeridade sofrida por uma grande parte dos portugueses vai repercurtir-se na atividade económica, o que pode contrabalançar os efeitos do contexto externo favorável já referidos.

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