Piketty e a redistribuição do rendimento
Nos últimos tempos tenho estado a ler vários resumos e artigos de opinião sobre o «o capital no sec. XXI», do autor francês Thomas Piketty.
Este é um livro que vem reescrever a ciência económica, 1º por não seguir a moda de usar a matemática em excesso, 2º por colocar as outras ciências sociais como auxiliares da economia na investigação em vez da matemática, 3º por nos mostrar uma relação entre crescimento económico, distribuição do rendimento e desigualdade social diferente da dominante na ciência económica.
Este livro analisa a importância do capital na explicação da distribuição do rendimento, concluindo, através de uma série longa, desde o séc. XVIII para a França, que para o capital é decisiva a parte que é transmitida de pais para filhos. Por sua vez, os detentores do capital captam a maior parte da riqueza criada, principalmente os 1% mais ricos. Este modelo atingiu um auge entre de 1880 e 1915, começando depois um período em que estes detentores de capital veem a riqueza captada diminuir até aos anos oitenta do século XX - devido às guerras mundiais que destruíram riqueza e aos trinta anos dourados com forte crescimento económico -, começando aqui novamente uma fase inversa, isto é, volta a haver crescimento da riqueza captada. Surgindo, pois, uma curva em U.
O que está por detrás disto é o facto de a taxa de crescimento dos lucros ser superior ao crescimento económico, o que reforça a riqueza na mão dos mais ricos, o que não aconteceu quando as taxas de crescimento eram altas. Um outro fator que se deve levar em conta é a tecnologia, neste caso, quando há uma forte substituição entre capital e trabalho, superior à unidade, o que vem reforçar a importância do capital na produção.
A conclusão deste autor é que estamos a regressar à distribuição do rendimento do século XIX - onde fazia sentido enriquecer com base nos casamentos de conveniência. Como solução para esta situação o autor propõe que se taxe a transmissão de rendimentos e se tribute os rendimentos superiores a 500000 € em 80%.
Nota: este resumo deve ser uma motivação para lerem artigos sobre este livro através de uma pesquisa no Google, pois, tenho a sensação que um resumo simples acaba por ser redutor.
Este é um livro que vem reescrever a ciência económica, 1º por não seguir a moda de usar a matemática em excesso, 2º por colocar as outras ciências sociais como auxiliares da economia na investigação em vez da matemática, 3º por nos mostrar uma relação entre crescimento económico, distribuição do rendimento e desigualdade social diferente da dominante na ciência económica.
Este livro analisa a importância do capital na explicação da distribuição do rendimento, concluindo, através de uma série longa, desde o séc. XVIII para a França, que para o capital é decisiva a parte que é transmitida de pais para filhos. Por sua vez, os detentores do capital captam a maior parte da riqueza criada, principalmente os 1% mais ricos. Este modelo atingiu um auge entre de 1880 e 1915, começando depois um período em que estes detentores de capital veem a riqueza captada diminuir até aos anos oitenta do século XX - devido às guerras mundiais que destruíram riqueza e aos trinta anos dourados com forte crescimento económico -, começando aqui novamente uma fase inversa, isto é, volta a haver crescimento da riqueza captada. Surgindo, pois, uma curva em U.
O que está por detrás disto é o facto de a taxa de crescimento dos lucros ser superior ao crescimento económico, o que reforça a riqueza na mão dos mais ricos, o que não aconteceu quando as taxas de crescimento eram altas. Um outro fator que se deve levar em conta é a tecnologia, neste caso, quando há uma forte substituição entre capital e trabalho, superior à unidade, o que vem reforçar a importância do capital na produção.
A conclusão deste autor é que estamos a regressar à distribuição do rendimento do século XIX - onde fazia sentido enriquecer com base nos casamentos de conveniência. Como solução para esta situação o autor propõe que se taxe a transmissão de rendimentos e se tribute os rendimentos superiores a 500000 € em 80%.
Nota: este resumo deve ser uma motivação para lerem artigos sobre este livro através de uma pesquisa no Google, pois, tenho a sensação que um resumo simples acaba por ser redutor.
Comentários