As eleições europeias e a governação

O livro do Piketty, já aqui sintetisado, veio provar que a intervenção dos governos ainda tem algum impacto na economia e na distribuição de riqueza, mesmo em países com a soberania limitada devido à UE, particularmente nas polícas monetárias e orçamental.
Ora, a continuação deste governo vai continuar a proteger os rendimentos do capital, pelo que importa verificar qual o impacto da eleições europeias na governação.
Os resultados não são de moldes a desenhar uma alternativa a este governo, porque a alternativa se dispersou pelos socialistas, comunistas e fenómeno Marinho e Pinto. Mas calaramente os partidos do arco da governação sofreram errosão de votos.
As soluções de governação futuras passam pelo bloco central ou por uma aliança à esquerda (aqui incluo o Marinho e Pinto). O bloco central será mais fiel às atuais políticas europeias e a outra solução representa uma rotura com a europa ou pelo menos a saída do euro.
A solução mais eurocéptica é também uma solução que será mais redistribuitiva, mais apoiada no mercado interno e no fim da perda de direitos ou mesmo recuperação dos rendimentos dos trabalhadores.
Na solução mais europeista prevejo dois cenários, a manutenção da austeridade ou uma europa mais solidária. Na primeira continuaremos na senda da austeridade. Na segunda esta poderá ser ligeiramente aliviada por se encontrarem outras soluções que o permitam, como os eurobonds e outras. Mais uma vez os resultados eleitorais apontam para a a continuação de mais austeridade.

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