A propósito do IRS

Foi finalmente aprovada a nova «reforma» do IRS, pela maioria, com abstenção do PCP e BE e votos contra do PS.
Para além da grande confusão com avanços e recuos do governo, com a clausula de salvaguarda, o grande debate envolveu o quociente familiar.
Desta reforma surge um ligeiro desagravamento dos impostos, para ter algum impacto eleitoral favorável à maioria. Outro aspeto positivo é começar a haver preocupações fiscais que favoreçam a natalidade.
Mas, estas preocupações foram introduzidas através de um mecanismo que favorece a classe média e rica e não os pobres, porque os pobres não pagam IRS, logo não têm benefícios e os benefícios dados são proporcionais ao redimento, em vez de ser um valor fixo, como queria o PS e com razão, pois pode haver um benefício de 600 para quem ganha bem e de 300 para quem está no escalão mais baixo, pelo mesmo filho.
Concluindo, esta reforma do IRS começa a preocupar-se com o problema da natalidade, mas fê-lo de forma injusta.

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