A Caixa Geral de Depósitos: ainda tudo muito nebloso.
A telenovela da Caixa Geral de Depósitos continua, mas agora começo a questionar-me se este ênfase na Caixa será meramente luta político-partidária, tentando a oposição desestabilizar o governo e seus apoiantes, procurando nesta área criar fricções na coligação?
Para responder a esta pergunta é interessante considerar as notícias que vieram a público sobre a necessidade de haver tantas imparidades, tanto mais, que a Caixa estaria na média das suas congéneres europeias até 2016 e estas não foram a correr aumentar as suas imparidades. É verdade também que o anterior CEO da Caixa também não viu necessidade de aumentar as imparidades, além de que os auditores que justificaram as duas posições são os mesmos. Tudo muito estranho! É relevante que Domingues tenha dito no Parlamento que deixou um dossier onde analisa os créditos acima de um dado montante e onde se justifica a necessidade de rever as imparidades. Com a informação que temos detetamos uma tensão, mas não se compreende o porquê destas diferentes posições, veem-se as sombras mas nãos os atores deste conflito.
Uma tese de um comentador do Público é que o profissionalismo de Domingues assustou muita gente que não está habituada a lidar com o rigor financeiro que defendia Domingues e isto poderia colocar a nu certas fragilidades de grupos empresariais clientes da Caixa. Se não me engano o comentador económico da SIC também subscreveu esta hipótese.
Mas eis que a recapitalização avança e as imparidades são revistas, mas pouca informação é tornada pública que nos permita ir além do jogo de sombras.
Daí a minha conclusão, ainda está tudo muito nebuloso na Caixa, quem puxa os cordelinhos não deu a cara e aparentemente parece uma simples luta partidária, mas julgo que haverá algo de mais profundo, num país em que as empresas mais fortes não estão habituadas a enfrentar o mercado puro e duro, sem a proteção do Estado.
Para responder a esta pergunta é interessante considerar as notícias que vieram a público sobre a necessidade de haver tantas imparidades, tanto mais, que a Caixa estaria na média das suas congéneres europeias até 2016 e estas não foram a correr aumentar as suas imparidades. É verdade também que o anterior CEO da Caixa também não viu necessidade de aumentar as imparidades, além de que os auditores que justificaram as duas posições são os mesmos. Tudo muito estranho! É relevante que Domingues tenha dito no Parlamento que deixou um dossier onde analisa os créditos acima de um dado montante e onde se justifica a necessidade de rever as imparidades. Com a informação que temos detetamos uma tensão, mas não se compreende o porquê destas diferentes posições, veem-se as sombras mas nãos os atores deste conflito.
Uma tese de um comentador do Público é que o profissionalismo de Domingues assustou muita gente que não está habituada a lidar com o rigor financeiro que defendia Domingues e isto poderia colocar a nu certas fragilidades de grupos empresariais clientes da Caixa. Se não me engano o comentador económico da SIC também subscreveu esta hipótese.
Mas eis que a recapitalização avança e as imparidades são revistas, mas pouca informação é tornada pública que nos permita ir além do jogo de sombras.
Daí a minha conclusão, ainda está tudo muito nebuloso na Caixa, quem puxa os cordelinhos não deu a cara e aparentemente parece uma simples luta partidária, mas julgo que haverá algo de mais profundo, num país em que as empresas mais fortes não estão habituadas a enfrentar o mercado puro e duro, sem a proteção do Estado.
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