Começa a formar-se um consenso para nacionalizar o NB

Começa a formar-se um consenso na sociedade portuguesa a favor da nacionalização (pelo menos provisória) do Novo Banco (NB) com elementos de todos os quadrantes a defendê-lo, quer como solução menos má, quer do ponto de vista financeiro, mas acima de tudo para evitar a venda ao desbarato de um ativo que já nos custou 4,9 mil milhões de euros.
Desde a Manuela Ferreira Leite e Rui Rio no PSD, até Carlos César no PS, além do BE e PCP, aparecem a defender pelo menos a nacionalização transitória do banco, como aconteceu com o Lloyd´s no Reino Unido.
A tese de que não haveria custos adicionais após a resolução começa a cair por terra, se não quisermos «oferecer» um banco a fundos privados que normalmente desmantelam as empresas que compram para as vender realizando lucros.
Com os prejuízos do BPN em mente e com a sua quase oferta ao BIC e com o que se passou com o Banif, com o Santader a fazer uma compra leonina, com perdas para o Estado, cada vez mais os portugueses devem estar preparados para aceitar novas nacionalizações, devendo as dificuldades vir da Europa, mas basta lembrar o Lloyd´s para apresentar um precedente.
Fica também cada vez mais evidente que o governo anterior resolveu ignorar os problemas da banca para que a saída limpa (exceto para quem espreitou para baixo do tapete) foi uma ilusão, criada para justificar eleitoralmente a austeridade como tendo sido bem sucedida.

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