Os dilemas da política monetária europeia
Numa altura em que a inflação alemã se aproxima dos 2%, referência para se começar a subida das taxas de juro, teremos oportunidade de verificar se o BCE segue a filosofia alemã ou é de facto independente dos alemães e leva em conta as necessidades de outros países, nomeadamente os do sul, por exemplo da Itália, país do Presidente do BCE.
Explicando melhor, os dilemas da zona euro e da sua política monetária estão no facto de a Alemanha começar a precisar de uma subida dos juros e do fim do «quatitative easing», ou seja da política de compra de obrigações que tem levado os juros para níveis negativos, enquanto há outros países que ainda necessitam da continuação da política monetária de juros baixos, quer por causa da sua inflação ainda ser baixa (inferior aos 2%) e quer porque continuam a precisar de juros baixos para suportar os juros das dívidas.
Este dilema é também uma luta pelo poder, se os juros subirem, os alemães saíram vencedores, se os juros continuarem baixos e a política de compra de obrigações continuar, então o BCE considerou como problema principal a resolver o problema das dívidas soberanas, ganhando os países do sul.
Contudo, há uma terceira via, sendo esta, na minha opinião, a altura ideal para se resolver simultaneamente os dois problemas, usar as taxas de juro para combater a inflação, mas o target (objetivo) seria a inflação média da zona euro e não a inflação alemã, enquanto se criavam os títulos da zona euro, para resolver o problema das dívidas soberanas, em que as emissões de dívida europeia poderia ir até 30% da dívida emitida pelos diversos países. Este seria o cenário ideal: ter dois instrumentos para dois objetivos. Já agora neste cenário parece ter sido oportuna a reunião dos países do Sul em Lisboa, onde aparece a ideia de títulos europeus, em vez de nacionais.
Concluindo, ou a Alemanha impõe a política monetária e os juros sobem, ou os países do vencem e retardam o mais possível a subida dos juros, ou há um meio termo com a criação dos títulos europeus.
Explicando melhor, os dilemas da zona euro e da sua política monetária estão no facto de a Alemanha começar a precisar de uma subida dos juros e do fim do «quatitative easing», ou seja da política de compra de obrigações que tem levado os juros para níveis negativos, enquanto há outros países que ainda necessitam da continuação da política monetária de juros baixos, quer por causa da sua inflação ainda ser baixa (inferior aos 2%) e quer porque continuam a precisar de juros baixos para suportar os juros das dívidas.
Este dilema é também uma luta pelo poder, se os juros subirem, os alemães saíram vencedores, se os juros continuarem baixos e a política de compra de obrigações continuar, então o BCE considerou como problema principal a resolver o problema das dívidas soberanas, ganhando os países do sul.
Contudo, há uma terceira via, sendo esta, na minha opinião, a altura ideal para se resolver simultaneamente os dois problemas, usar as taxas de juro para combater a inflação, mas o target (objetivo) seria a inflação média da zona euro e não a inflação alemã, enquanto se criavam os títulos da zona euro, para resolver o problema das dívidas soberanas, em que as emissões de dívida europeia poderia ir até 30% da dívida emitida pelos diversos países. Este seria o cenário ideal: ter dois instrumentos para dois objetivos. Já agora neste cenário parece ter sido oportuna a reunião dos países do Sul em Lisboa, onde aparece a ideia de títulos europeus, em vez de nacionais.
Concluindo, ou a Alemanha impõe a política monetária e os juros sobem, ou os países do vencem e retardam o mais possível a subida dos juros, ou há um meio termo com a criação dos títulos europeus.
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