Onde está o Constâncio com o défice público nos 8?

Saíram ontem as previsões de Outono da UE e apontam para um défice público de cerca de 8%. Ora, com um défice menor em mais de 2% caiu o carmo e a trindade em 2004, foi nomeada uma comissão para avaliar o défice e saiu de lá um cenário negro e principalmente criou-se um ambiente propício aos pesados sacrifícios que todos suportámos.
Neste ocasião foi actor principal o Constâncio. Agora está calado. Um economista com a sua responsabilidade que tem dois pesos e duas medidas conforme a circunstância política não merece credibilidade.
Mas isto não nos deve fazer esquecer que mais tarde ou mais cedo vamos pagar este défice excessivo, que aumentou também o peso da dívida pública e o endividamento externo para valores perigosos. Ou seja, vamos voltar a fazer sacrifícios e pesados.
O rigor não deve ser só para quando nos convém e mesmo reconhecendo uma maior maleabilidade das regras quando a crise é severa, acho que estes valores nos devem preocupar e muito.

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