O problema do equilíbrio da segurança social e da CGA

Vem este texto a propósito do debate sobre a necessidade de cortar pensões colocado pela ministra das finanças. Em primeiro lugar não se percebe porque se fala em cortes e ao mesmo tempo se promete a descida das receitas, quer por parte  do governo quer do PS com a descida da TSU.
A verdade é que com 1800 mil milhões de défice na SS e 3500 mil milhões na CGA, dados da SIC, ou seja, uma necessidade de financiamento de 5000 mil milhões, o que se deve discutir é como equilibrar e não reduzir as fontes atuais de financiamento como a TSU.
O governo promete um corte de 600 mil milhões e este número não entendo, pois é muito abaixo das necessidades... Por outro lado, o PS fala em fontes alternativas de financiamento, como deslocar uma parte do IRC para a SS e o imposto sucessório, mas estas fontes de financiamento mesmo com mais um aumento da receitas resultado do crescimento económica, também me parece muito insuficiente. A lógica de ambos deve ser ter o orçamento do Estado equilibrado e com saldo compatível com as exigências da UE somente, portanto o equilíbrio das pensões não deve ser um fim em si mesmo.
Concluindo, discute-se o financiamento das pensões ou na vertente de cortes ou na vertente de outras fontes de financiamento, mas como meio de garantir os objetivos para o OGE negociados com a UE.

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