A questão da TSU

Ainda a propósito da simulação do PS, estive a ler a entrevista do seu coordenador ao Dinheiro Vivo e desta sobressai a questão da TSU.
A descida da TSU para os trabalhadores de 4 pontos percentuais, visa reforçar o poder de compra dos trabalhadores e desta forma aumentar a procura da economia. Esta medida funciona como um empréstimo em que os trabalhadores recebem mais hoje em troca de menos pensões no futuro. O objetivo é aumentar também o emprego, através de uma diminuição de custos com o trabalho nas empresas.
Quanto às empresas a descida da TSU visa reforçar a tesouraria das empresas e possibilitar um maior nível de investimento, mas aqui o financiamento é feito quer com uma parte dos lucros, conseguida ao manter-se a taxa de IRC, em vez de descer, criando-se outras fontes de financiamento da Segurança Social (SS). Além disso ressurge o imposto sucessório, também uma nova fonte de financiamento da SS. Esta é uma medida que vai atuar no lado da oferta.
Concluindo a descida da TSU visa dinamizar a economia atuando do lado da procura, com mais rendimentos agora para os trabalhadores, e do lado da oferta aumentando, a liquidez das empresas, compensando com novas formas de financiamento da SS.
Fica por esclarecer se, no caso das empresas, as fontes de financiamento alternativas são suficientes para compensar a perda de receitas, ou se parte é acomodado por um maior défice, mas sempre inferior a 3% do PIB.

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