De novo a Grécia

Por estes dias vai o caldo entornado na área do euro com o desacordo relativamente à Grécia.
O filme é este, o governo Grego tinha um programa sufragado em completa não sintonia com os restantes países, querendo o fim da austeridade. Das negociações e com cedência de ambos os lados, chegou a haver esperança de acordo, mas a Europa quis dar uma lição aos gregos e o governo grego e apresentou propostas com austeridade para os ricos, nomeadamente ao nível dos impostos, que iam ideologicamente contra a vontade do eurogrupo dominado pela direita.
Os diretório europeus não quiseram ceder e a Grécia apesar das cedências não se afastou muito do seu programa.
Em face destes desenvolvimentos e face a um acordo que também não lhes resolvia o problema da dívida, os Gregos resolver pedir um referendo à última proposta da Europa que foi, aleguam eles também um ultimato.
De tudo isto resulta um afastamento do respeito pela democracia mais direta e o centrar-se nos diretórios por parte da Europa e o regresso à democracia do governo grego.
Concluindo, parece-me que é a Europa que devemos questionar, pelo menos a Europa dos diretórios e a sua alergia à democracia mais direta, portanto afastando-se dos princípios fundadores da mesma. Não posso dizer que o governo grego não errou, mas parece-me mais coerente. Quanto à solidariedade entre estados ricos e pobres, com os programas de austeridade há muito que não me deixei iludir, não porque a austeridade fosse necessária, mas pela dose cavalar aplicada e parece que principalmente à classe mais pobre e média.

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